É de receio e preocupação o ambiente que rodeia algumas das comunidades cristãs nos países islâmicos, face à eventualidade de um aumento da violência e da intolerância religiosa. Sentimentos partilhados com a Renascença pelo secretário dos Missionários da Consolata, em Nairobi. O Padre Tobias, português, aponta como o mais preocupante dos sinais aquele que chegou nos últimos dias da Somália: o assassinato de uma religiosa da sua Congregação que trabalhava como enfermeira na única maternidade-escola do país, em Mogadíscio. Esta religiosa italiana, enfermeira de formação, tinha 65 anos, estava há mais de 40 anos na África Oriental e nos últimos seis anos trabalhou na Somália, um dos países africanos onde o Islamismo é mais radical. No passado dia 18, exactamente um mês depois de ter entregue os diplomas ao primeiro grupo de enfermeiros formados pela escola foi assassinada. Para este Sacerdote, as palavras inflamadas de um líder muçulmano dois dias antes deste crime, poderão estar associadas a esta tragédia. Por isso, o medo é sentimento comum aos cristãos que nem sequer ousam falar sobre as questões suscitadas pela reflexão proposta pelo Papa na sua recente deslocação à Alemanha. Redacção/RR