Portugal: Rede Europeia Anti Pobreza pede «mais proteção» para as pessoas «mais vulneráveis»

«Não há economia sem pessoas», alerta direção da organização que defende «a luta contra a pobreza e exclusão social»

Porto, 04 abr 2020 (Ecclesia) – A Rede Europeia Anti Pobreza em Portugal (EAPN) alerta que “não há economia sem pessoas” e afirma que “é necessário fazer mais” pela proteção dos grupos de maior risco nesta crise” provocada pelo coronavírus Covid-19.

“Todos os que estão nas franjas, no limite, na berma de uma sociedade que se quer, mais do que nunca, inclusiva e justa, precisam de ação eficaz e eficiente por parte de todos: Governo, empresas e organizações não-governamentais, sociedade civil”, explica a direção da EAPN Portugal.

Na nota enviada à Agência ECCLESIA, a Rede Europeia Anti-Pobreza congratula “as medidas do Governo” para “proteger os trabalhadores e suas famílias” das consequências económicas e sociais da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, mas considera que é necessário “aumentar as medidas de proteção dos grupos de maior vulnerabilidade”.

Neste contexto, a organização explica que está inquieta pelos trabalhadores com vínculos laborais precários, os trabalhadores pobres ou com baixas remunerações, trabalhadores na economia informal, como “as empregadas de limpeza”, os empresários em nome individual “em setores de atividade estagnados”, as pessoas que estão desempregadas, as “famílias com crianças, os idosos, os doentes, as pessoas com deficiência e as pessoas em situação de sem-abrigo, os reclusos e as minorias, como “as comunidades ciganas e migrantes”, as crianças em situação de risco e perigo e as “vítimas de maus tratos”, pela “situação dos beneficiários do RSI e de outras prestações sociais”, e pelos trabalhadores dos lares de idosos e outras residências.

“Todos sem exceção merecem o nosso olhar atentíssimo, humano, absolutamente solidário. Todos, sem exceção, merecem que levantemos a nossa indignação e a nossa voz; que façamos mais com a nossa capacidade de trabalho, de enfrentar e de mudar o que tem de ser mudado”, salienta.

A Rede Europeia Anti Pobreza em Portugal observa que os “impactos socioeconómicos” da atual crise originada pela pandemia do coronavírus Covid-19 “são devastadores”.

“Como já toda a sociedade verificou – está verificando – de forma mundialmente inesperada, abrupta, assustadora e até cruel, não há economia sem pessoas; É necessário fazer mais pela proteção dos grupos de maior risco nesta crise que não escolhe países, nem etnias, nem culturas, nem idades, nem economias mais fortes ou mais frágeis”, desenvolve a direção da organização que defende “a luta contra a pobreza e exclusão social”.

A European Anti Poverty Network é a “maior rede europeia de redes nacionais, regionais e locais de organizações não-governamentais, bem como de organizações europeias “ativas na luta contra a pobreza”, atuando em 31 países, e foi fundada em 1990, em Bruxelas; Em Portugal foi criada a 17 de dezembro de 1991.

CB

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Agência ECCLESIA

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