Portugal quer ser referência no turismo religioso

Congresso Internacional promovido pela TUREL chega ao fim, anunciando a criação de uma rede internacional A cooperativa TUREL – Turismo Cultural e Religioso foi indigitada para assumir a liderança da constituição de “uma rede internacional de entidades que promovam e defendam o turismo cultural e religioso de forma sistemática e estruturada”. Esta decisão foi tomada durante o “Congresso Internacional de Turismo Cultural e Religioso”, que nos últimos dias juntou na Póvoa de Varzim várias centenas de representantes do sector em diversos países, para debater abrir as oportunidades e desafios da evolução do turismo cultural e religioso em Portugal e no Mundo. D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, defendera durante os trabalhos a criação de uma rede, de âmbito nacional ou internacional, para “coordenar ou ajudar para mostrar o valor dum dom que oferecemos a que atribuímos idêntica importância àquela das vantagens económicas”. “Nesta rede os promotores e guias encontram iniciativas, ideias, sugestões que permitem aquela qualidade cultural e religiosa que os tempos actuais exigem e onde não podemos esquecer a caracterização histórica-artística, a verdadeira identidade dos monumentos e a riqueza humana do povo”, afirmara o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, numa conferência intitulada “Turismo Cultural e Religioso: Oportunidades e desafios para o século XXI”. No documento conclusivo, enviado à Agência ECCLESIA, recorda-se que as receitas totais do turismo ultrapassam 640 milhões de euros, isto é, 1,8 milhões de euros por dia, pelo que o turismo “pode ser um bem socio-económico, desde que respeite os valores locais e não seja desorganizado, desequilibrado”. Num momento em que os turistas começam a rejeitar destinos sobrelotados e poluídos, a TUREL pede “a mudança dos pacotes turísticos estandardizados e massificados da segunda metade do século XX”, contexto em que o Turismo Cultural e Religioso (TCR) se pode assumir como “alternativa de qualidade e espaço de desenvolvimento”. Os participantes apresentaram o caso do “Caminho de Abraão” como “uma boa experiência de promoção de um produto de Turismo Religioso capaz de ligar territórios em conflito e de promover o diálogo inter-religioso”. Noutro ponto, as conclusões apontam para “a necessidade de criar um Observatório do Caminho de Santiago com o objectivo de aprofundar o seu desenvolvimento futuro”. Foi também anunciado que “a TUREL em parceria com a Direcção Geral de Turismo da Galiza e a Faculdade de Geografia da Universidade de Santiago de Compostela vão lançar um produto de TCR inovador”, dado que “será a primeira vez na história do turismo dos dois países vizinhos que se promoverá um produto conjunto de duas regiões históricas, uma cidade romana e uma cidade medieval, integradas numa Euro-Região”. (Com Diário do Minho) FOTO: DM Notícias relacionadas • Turismo Cultural e Religioso: Oportunidades e desafios para o século XXI • Conclusões do Congresso internacional promovido pela TUREL

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