Marcelo Rebelo de Sousa toma posse a 9 de março, com programa que inclui cerimónia inter-religiosa
Lisboa, 07 mar 2021 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa saudou hoje, em comunicado, a visita do Papa ao Iraque, que se conclui esta segunda-feira, em Bagdade.
“Sendo a primeira viagem que faz ao estrangeiro desde o início da pandemia, a visita do Papa Francisco ao Iraque transmite ao seu povo e ao mundo uma emocionante mensagem de esperança”, escreve Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem publicada no site da Presidência da República.
Segundo o chefe de Estado, a visita de Francisco “mostra como pode um país, marcado pelos horrores da guerra, fazer da diversidade étnica e religiosa um instrumento permanente de superação e diálogo”.
O Papa regressa esta segunda-feira a Roma, após ter-se tornado o primeiro Papa a visitar o Iraque, numa viagem marcada pelas mensagens em defesa da comunidade cristã, apelando ao diálogo entre religiões e à paz no país e no Médio Oriente.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca que esta viagem inédita “revela a importância das palavras e dos atos na construção de um caminho de união, solidariedade e inclusão, pilares estruturantes da paz duradoura e de sociedades mais prósperas e justas”.
O presidente da República vai tomar posse para o seu segundo mandato na próxima terça-feira, num programa que começa na Assembleia da República e Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, prosseguindo depois no Porto.
Na cidade nortenha, Marcelo Rebelo de Sousa participa numa cerimónia com representantes de várias confissões religiosas presentes em Portugal, no salão nobre do Município do Porto, visitando depois o Centro Cultural Islâmico local.
Em 2016, o chefe de Estado tinha realizado o mesmo gesto, na Mesquita de Lisboa, também no dia da posse.
Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) disse à Agência ECCLESIA que espera uma particular atenção, neste segundo mandato, ao Plano de Recuperação e Resiliência, a chamada “bazuca” europeia.
“O senhor presidente da República sabe que os portugueses têm dificuldade em cumprir os planos da União Europeia e depois no fim gastam o dinheiro de qualquer maneira”, salientou.
O presidente da UMP acredita que Marcelo Rebelo de Sousa vai “estar vigilante” ao cumprimento do plano.
“Nas Misericórdias estivemos a salvar vidas, agora o nosso objetivo é relançar vidas”, conclui.
LFS/OC
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