Portugal: Peregrinos da JMJ podem ser «futuros visitantes» do país – Teresa Ferreira

Encontro da Pastoral do Turismo refletiu sobre «peregrinar e comunicar com sustentabilidade»

Foto: Pastoral do Turismo – Portugal

Coimbra, 02 fev 2023 (Ecclesia) – Teresa Ferreira, do Turismo de Portugal, assinalou hoje a oportunidade a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 vai representar para o setor, permitindo “partilhar” o país com mais de um milhão de participantes.

“Podem ser futuros visitantes do país e ficar a perceber a riqueza que temos do património cultural e religioso”, explicou, no encontro organizado pela Pastoral do Turismo – Portugal (PTP) da Igreja Católica.

‘A Caminho de uma pastoral Laudato Si’ é o tema das V Jornadas Nacionais da Pastoral do Turismo, que começaram esta quinta-feira, no Seminário Maior de Coimbra, e decorrem até sábado.

A oradora, do departamento da Direção de Valorização da Oferta do Turismo de Portugal, participou na sessão dedicada aos ‘Caminhos de Esperança: peregrinar e comunicar com sustentabilidade’, onde apresentou ‘Caminhos de Fátima: caminhos para a esperança [de espiritualidade], para todos’, dedicado ao culto mariano.

Teresa Ferreira explicou que é um projeto iniciado há alguns anos e que encaixa na abordagem de querem “sistematizar e diversificar a oferta turística no território”.

A conferencista destacou outros projetos como os ‘Caminhos de Santiago’, também numa “dimensão de espiritualidade”, que liga a outros países e destinos, e cruza-se com os ‘Caminhos de Fátima’, a “herança judaica e o legado islâmico”.

Os ‘Caminhos de Fátima’ – Caminho do Tejo, Caminho da Nazaré, Caminho do Norte, Rota Carmelita -, contam com 670 quilómetros de itinerários, passam por 36 municípios e por quatro regiões turísticas, onde o objetivo “não é chegar o mais rapidamente possível a Fátima”, mas ter uma experiência de “usufruto espiritual com a natureza e a cultura”, o “enquadramento paisagístico e o património cultural proporcionam uma experiência”.

A responsável do instituto público tutelado pelo Ministério da Economia e do Mar destacou a importância das parcerias, do trabalho em rede, do logotipo dos ‘Caminhos de Fátima’ e da sinalização dos itinerários, da informação em suporte físico e online, da capacitação dos diversos agentes e operadores.

A sessão ‘Caminhos de Esperança: peregrinar e comunicar com sustentabilidade’ contou também com a partilha do trabalho realizado no Santuário de Fátima.

“Fátima comunica-se por si própria, é o paraíso para qualquer diretor de comunicação, tem uma força como marca que extravasa muito aquilo que é só o domínio religioso”, disse a diretora do Gabinete de Comunicação do santuário mariano, assinalando que dos três pastorinhos, na primeira aparição, em maio de 1917, passou “a movimento de massas” logo nos meses seguintes.

Foto: Pastoral do Turismo – Portugal

Carmo Rodeia afirmou que “ao longo da sua história” o Santuário de Fátima procurou sempre “ser sustentável”, e explicou que acolheram o “desafio” da “sustentabilidade ecológica” trazido pelo Papa Francisco na sua encíclica ‘Laudato Si’.

Segundo esta responsável, o “cuidado pela criação” foi assumido “desde a primeira hora pelo santuário” que procura desenvolver comportamento sustentáveis, como no domínio energético, tem um sistema fotovoltaico na Basílica da Santíssima Trindade, painéis solares nas casas de retiro, e está a realizar um estudo sobre o ciclo da água, para além de ecopontos, e, nos Valinhos, uma floresta certificada e olival.

A diretora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima destacou também os projetos e iniciativas que estão a organizar no âmbito da JMJ lisboa 2023, para acolher os peregrinos antes ou depois do encontro na capital portuguesa, os “seis novos caminhos curtos” para proporcionar aos jovens uma forma “sustentável” de chegar à Cova da Iria em peregrinação, a ‘Aldeia Jovem’ campista onde vão “adotar comportamentos sustentáveis”.

CB/OC

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