Portugal: Militares das Forças Armadas e Forças de Segurança peregrinaram a Fátima

D. Rui Valério indicou quatro ações que «definem a vocação cristã», onde se insere a condição de Militar e de Elemento das Forças de Segurança

Foto: Ordinariato Castrense Diocese das Forças Armadas e de Segurança

Fátima, 24 jun 2022 (Ecclesia) –  O bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu hoje à Eucaristia de encerramento da 39ª Peregrinação Militar ao Santuário de Fátima, na Basílica da Santíssima Trindade, e afirmou que “sair, recordar, compadecer-se e confortar” são quatro ações da vocação cristã.

“Neste dia o nosso coração exulta na contemplação do Sagrado Coração de Jesus e eleva-se no amor infinito da Virgem Santa Maria. Vem-nos oferecido um caminho onde emergem quatro ações que definem tanto o amor do Coração de Jesus, como a ternura de Maria, como a vocação cristã, na qual se insere a condição de Militar e de Elemento das Forças de Segurança. Essas ações são: Sair, recordar, compadecer-se e confortar”, disse D. Rui Valério, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo do Ordinariato Castrense salientou que também as Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal têm no sair “muita da essência da sua identidade e missão”, questionando o que teria sido de Portugal e de “tantos locais críticos do mundo onde têm atuado”, se tivessem ficado dentro das suas Unidades, ou nas suas zonas de conforto.

“Sair é a encarnação da grandeza do coração porque implica ir até aos outros, mergulhar nas suas condições reais de vida”, observou.

A segunda ação é “recordar”, e D. Rui Valério explicou que sem memória “perdem-se as raízes, e sem raízes não se cresce”, por isso, na Peregrinação Militar Nacional a Fátima recordou quem, “no doloroso período da pandemia”, nunca deixou de colocar os irmãos em primeiro lugar, “nem deixou que lhes faltasse apoio e segurança”.

“Queremos recordar e agradecer a quem está a combater na linha da frente, seja nas adversidades, seja nas catástrofes, seja quando despontam conflitos que comprometem a integridade das pessoas”, acrescentou.

Na homilia, da Missa presidida na Basílica da Santíssima Trindade, o presidente da celebração destacou também que serem solidários com os que sofrem, “é o modelo para todo o projeto de Defesa e de Segurança”.

“A solidariedade não pode ser vista apenas como um remédio para resolver falhas ou aflições, mas, acima de tudo, consiste numa atitude de partilhar o mesmo destino histórico do próximo”, salientou.

‘Confortar’ foi a quarta ação destaca, e, segundo D. Rui Valério, indica uma força  que “não provém” de cada um, mas de quem está com eles, referindo que, atualmente, há “muitas incertezas” que assustam.

Foto: Ordinariato Castrense Diocese das Forças Armadas e de Segurança

“Neste tempo de guerra, descobrimo-nos mais pequeninos, mais frágeis. Apesar de tantos progressos maravilhosos, quer sejam científico-tecnológicos, quer civilizacionais, eis o paradoxo: Quantas doenças, raras e desconhecidas, quantos retrocessos no campo da ética e do humanismo”, exemplificou.

A 39ª Peregrinação Militar Nacional a Fátima, que termina hoje, começou esta quinta-feira, com a Via-Sacra nos Valinhos, o Sacramento da Reconciliação (Confissão), e a participação no Terço e na procissão de Velas na capelinha das aparições, no recinto de oração na Cova da Iria.

“Para o mundo inteiro, mas particularmente para a sociedade portuguesa, este lugar representa um chamamento. Não podemos, por isso, não sentir uma grande alegria interior por estar onde todos são desafiados a reencontrar a sua mais autêntica identidade e a escutar a voz da mais sublime vocação à santidade.”

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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