Portugal: Grupo «Economia de Francisco» quer envolver toda a sociedade na reflexão e na mudança (c/vídeo)

«Neste momento há a consciência muito clara de que a economia atual não funciona, falhou» – Luísa Gonçalves

Lisboa, 10 mar 2021 (Ecclesia) – O grupo ‘Economia de Francisco Portugal’ quer promover uma reflexão para crentes e não crentes que permita transformar modelos que se manifestam insuficientes para responder aos desafios da sociedade atual.

“Neste momento, há a consciência muito clara, entre toda a gente, que a economia atual não funciona, falhou. A maneira como pensamos hoje a economia não está a servir a maior parte da população, pode estar a servir 1%, mas o resto está esquecido”, disse Luísa Gonçalves em entrevista à Agência ECCLESIA, emitida hoje na RTP2.

A nova economia, acrescenta, “surge como uma possibilidade” mas, neste momento, lança “mais curiosidade do que certezas” e há muitas perguntas mas para as pessoas que não estão tão envolvidas “há muita curiosidade para saber como vai acontecer”.

“É clara a noção de que estamos a pedir que uma economia superestabelecida se mova e se vire do avesso e só é possível se todos acreditarmos”, disse Luísa Gonçalves.

A jovem sublinhou que é importante para o grupo ‘Economia de Francisco Portugal’ que esta reflexão seja o mais abrangente possível.

“Queremos muito que seja uma realidade para crentes, não crentes, para todos os espetros sociais da política, da sociedade, que chegue a toda a gente”, realçou.

Luísa Gonçalves observa que as pessoas vivem em rede, são “responsáveis pela felicidade dos outros” e é preciso criar essa consciência, por isso, convidam à reflexão sobre a partilha: “O é que eu tenho neste momento que possa servir outros e o que é que posso fazer para desperdiçar cada vez menos para que outros tenham como eu”.

Segundo a entrevistada, uma das mensagens muito importante é que esta rede “não é para estes 17 jovens que estão mais envolvidos e mais ativamente nesta economia, é para toda a gente”.

Neste contexto, acrescentou que qualquer pessoa que tenha um projeto ou só uma ideia, “que se coaduna com os objetivos da Economia de Francisco”, que queria ver realizada “e é importante para esta nova economia” podem ir conversar com os membros do grupo.

O grupo ‘Economia de Francisco Portugal’ está a dinamizar o curso ‘A Economia de Francisco: o Santo, o Papa e Nós’ que tem como objetivo aprofundar este modelo de economia e as sessões realizam-se, através da plataforma Zoom, entre as 21h15 e as 22h45, semanalmente, até 5 de maio.

A formação começou dia 3 de março e hoje realiza-se a segunda sessão do primeiro módulo – A vida e o pensamento de São Francisco de Assis – com frei Hermínio Araújo (Franciscano).

O segundo módulo é dedicado ao pensamento social da Igreja, com destaque para as últimas encíclicas do Papa Francisco – ‘Laudato Si’ com Margarida Alvim e a ‘Fratelli Tutti’ com o padre José Frazão (Jesuíta) – e o chefe de redação da Agência ECCLESIA, Octávio Carmo, vai fazer uma síntese do pensamento social cristão.

O curso do Grupo Economia de Francisco Portugal termina com um módulo onde vão apresentar testemunhos de quem já vive este caminho de trabalhar pelo bem comum, sejam organizações, empresas, famílias e indivíduos.

O valor das inscrições reverte para a Unidade de Cuidados Paliativos da Fundação Franciscana Domus Fraternitas, em Braga.

HM/CB/OC

 

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