Portugal: «Gratidão, memória e esperança» marcam 100 anos da Polícia Marítima, destacou bispo Castrense

«Arriscando a própria vida para vidas salvar» oferecem «sentido de valor e dignidade humana» – D. Rui Valério

Quarteira, 12 nov 2019 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal presidiu à Eucaristia dos 100 anos da Polícia Marítima e afirmou que “gratidão, memória e esperança” são três palavras estruturantes, na celebração realizada em Quarteira.

“A esperança vivifica o presente com a abertura para um horizonte de vida. É o que hoje se revela como uma das marcas da Polícia Marítima quando, nas tumultuosas águas de ninguém do Mediterrâneo, resgata do desespero para a vida tantas mulheres e tantos homens, salvando-os não só da letargia da indiferença internacional, mas restituindo-os à vitalidade da existência”, disse D. Rui Valério, este domingo.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo do Ordinariato Castrense salientou que os Polícias Marítimos “arriscando a própria vida para vidas salvar” estão a oferecer um “sentido de valor e dignidade humana” a pessoas que, se calhar, “até já tinham desistido de serem homens”, seja no Mediterrâneo, seja na Grécia, em Portugal ou em qualquer outro destino.

Na Missa, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Diocese do Algarve, D. Rui Valério observou que “há espaço e lugar para a esperança” quando se tem “a missão de servir” e existe todos os dias o compromisso da Polícia Marítima em corresponder com “disponibilidade, espírito de sacrifício e sentido de dever à confiança e estima depositada pelos portugueses”.

A primeira palavra estruturante que o bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal destacou foi “gratidão”, assinalando que a história da Polícia Marítima está “unida e em estreita aliança” com a história recente de Portugal e dos portugueses.

“As linhas de oiro das páginas dessa história são escritas por esta egrégia instituição que nunca abandonou as populações a quem, aliás, sempre garantiu segurança e com quem sempre manteve um vínculo de solidariedade, nomeadamente com a atividade dos pescadores e promoveu a preservação das nossas paradisíacas e atrativas praias”, desenvolveu.

Segundo D. Rui Valério, os Comandos Regionais e as «Capitanias», onde a Polícia Marítima opera, são “pontos de referência” para quem faz do mar “a pátria do seu labor, o oásis do seu descanso, um refrigério de convívio e camaradagem, um anfiteatro de desportos náuticos”.

Este domingo, foi um dia “dedicado com particular adesão e envolvimento” à “memória”, outra palavra em destaque nos 100 anos da Polícia Marítima: “Fazemos memória dos camaradas que vos precederam e que trilharam os gloriosos caminhos da dedicação à Pátria, ao Mar e ao povo.”

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Quarteira recebeu as comemorações do centenário da Polícia Marítima Portuguesa, entre 7 e 10 de novembro, e na Eucaristia participou a comunidade local, militares da Marinha e da Polícia Marítima e diversas entidades, como o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, o presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, o comandante geral da Polícia Marítima, vice-almirante Luís Sousa Pereira.

Até ao próximo dia 17, pode ser visitada a exposição ‘I.mer.são’ sobre a missão da Polícia Marítima na Grécia, do jornalista da RTP David Araújo, no auditório do Centro Autárquico de Quarteira.

CB

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