Portugal: Federação Portuguesa pela Vida propõe cortes nos apoios ao aborto legal para reduzir despesa pública

Reajuste orçamental de Portugal está demasiado dependente da «mais esforçada das instituições sociais, a família», lamenta a organização

Lisboa, 06 set 2012 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) propõe ao Governo abater o défice das contas públicas através do “fim de todas as benesses sociais, laborais e financeiras” atualmente ligadas à prática do aborto legal.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, aquele organismo sublinha que, com a eliminação de medidas como “o transporte e alojamento pago às mães e seus acompanhantes” ou a atribuição de “licenças e subsídios superiores aos de uma baixa médica”, o Estado poderá poupar muitos milhões de euros.

Para a FPV, o equilíbrio orçamental de Portugal não pode ser feito apenas “à custa da mais esforçada das instituições sociais, a da família”, que “tendo e criando os seus filhos”, já contribui para a “riqueza do país, atual e futura”.

A mesma entidade realça ainda que a legalização do aborto, há cinco anos atrás, representou a perda de um número significativo de contribuições anuais para a Segurança Social.

De acordo com um estudo apresentado em março deste ano, desde 2007 já se realizaram cerca de 80 mil abortos “por opção da mulher”.

Se o ritmo de interrupções voluntárias da gravidez se mantiver até 2030, o Estado português poderá perder “um valor próximo dos 250 milhões de euros, a preços atuais”, acrescenta a FPV.

A Federação presidido por Isilda Pegado defende ainda “o fim das condições privilegiadas – únicas – de pagamento às instituições privadas em que se realiza o aborto legal”.

Ao dar provimento a estas sugestões, o executivo liderado por Pedro Passos Coelho estará “não só a reduzir a despesa pública como assumirá o seu compromisso com o aumento da natalidade”.

“Desse modo”, possibilitará a “existência de outras pessoas que no decorrer da sua vida contribuirão para a criação de emprego, para o desenvolvimento da atividade económica e para a sustentabilidade do Estado Social”, conclui a FPV.

A Federação Portuguesa pela Vida é uma instituição fundada em 2002 e reúne diversas associações e fundações à volta da defesa da vida humana, desde a conceção à morte natural, procurando ainda promover a dignidade das famílias e mães.

JCP

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