Movimento contribuiu com «novas propostas» e propostas de «melhoria» das medidas apresentadas na estratégia
Lisboa, 09 nov 2021 (Ecclesia) – A equipa da ‘Pobreza’, do movimento ‘Economia de Francisco Portugal’ (EoF Portugal), contribuiu com “novas propostas” para a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030, e “propostas de melhoria das medidas” apresentada no documento, após uma “análise crítica”.
“Ficamos surpreendidos com o facto de a estratégia ser uma enorme lista de objetivos, com a pouca concretização de alguns pontos, a inexistência de indicadores e metas e a falta de orçamento para estas medidas”, lê-se na informação enviada à Agência ECCLESIA.
O grupo ‘EoF Portugal’ observa que o documento é “um bom ponto de partida” para a aplicação de medidas concretas e um “primeiro passo determinante” a tornar a erradicação da pobreza num desígnio nacional.
A Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030 esteve em consulta pública durante o mês de outubro e a equipa da Task Force Pobreza, da ‘Economia de Francisco Portugal’, contribuiu com 17 “novas propostas” principais e 12 propostas de “melhoria” das medidas apresentadas.
“Criar um sétimo eixo de promoção de políticas públicas de combate à pobreza focadas nas questões da igualdade de género; promover o empreendedorismo (não apenas do social)” e um “maior investimento” nos cursos técnico-profissionais e “incentivo aos jovens a seguir esta via”, são três novas propostas.
A equipa da Task Force ‘Pobreza’ sugere uma “política de Educação com impacto no combate à pobreza” e alerta que não viram “nada que combata o absentismo dos professores nas escolas em zonas mais vulneráveis”.
É proposto a criação do Orçamento Participativo Combate a Pobreza e Desigualdades Sociais, “tornando os destinatários da política como intervenientes e como pessoas que integram as soluções”, tendo como exemplo o Orçamento Participativo Jovem.
As 12 ‘propostas de melhoria’, às medidas apresentadas na Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030 começam por considerar “pertinente” definir quem são os principais promotores das medidas e “procurar incluir entidades para além do Estado”, como empresas.
É sugerido, por exemplo, que se reforce e promovam associações com equipas de acompanhamento da saúde mental “das pessoas em situação de sem abrigo”, porque “não há respostas a este nível” e uma “percentagem significativa” tem “patologias passíveis de internamento”.
A EoF Portugal assinala que a estratégia “preconiza o investimento no RSI como uma solução” mas “é apenas um meio”, e os seus fins “não estão claros”, sendo “fundamental esclarecer que a finalidade é a verdadeira inclusão social”.
Em Portugal desde outubro de 2020, o grupo nasceu no seio da ‘Economia de Francisco’ (EoF), movimento criado pelo Papa Francisco, e tem como missão “promover uma economia mais humana, justa, inclusiva e sustentável”.
CB/OC