Portugal: Crise exige revisão do papel do Estado

Joaquim Cadete, economista da UCP, fala no fim de «uma época de ilusão»

Lisboa, 29 nov 2011 (Ecclesia) – Joaquim Cadete, professor da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa (UCP), considera que qualquer solução para a crise exige uma revisão do papel do Estado, em Portugal.

“Um pensamento coletivista bem intencionado apenas se traduziu num progressivo empobrecimento da comunidade decorrente de um crescente intervencionismo estatal a nível social e económico”, escreve o economista, num texto hoje publicado na nova edição do semanário Agência ECCLESIA.

O especialista fala no “fim de uma época de ilusão” e do “progressivo acordar para a dura realidade”, admitindo que se vive “um período de perturbação em termos sociais e políticos”.

“Ao longo de mais de uma década a crescente perda de competitividade externa da economia portuguesa foi suavizada pelo poder estatal, dado que sempre que existia um problema o Estado resolvia”, refere Joaquim Cadete.

O professor da UCP sublinha que “os impostos angariados mal chegam para pagar os salários dos funcionários públicos”, pelo que “a maioria das funções tradicionais do Estado foram financiadas ao longo dos últimos anos pelo recurso a credores externos”.

“Infelizmente, tanto os credores como nós percebemos agora que o caminho estava errado e que nunca se poderia traduzir num futuro melhor”, assinala, acrescentando que “o pagamento dos compromissos efetivados” é “vital”.

Em conclusão, Joaquim Cadete observa que “novos tempos exigem novos comportamentos inclusive em termos de participação cívica e social”.

OC

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