Portugal: Coordenador da pastoral da saúde pede «generosidade» na dádiva de sangue

Monsenhor Vitor Feytor Pinto realça que estruturas eclesiais estão a fazer tudo para inverter escassez de colheitas

Lisboa, 06 jul 2012 (Ecclesia) – O coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS), da Igreja Católica, apelou hoje aos cristãos para que se mobilizem “com generosidade” para a dádiva de sangue, numa altura em que as reservas nos hospitais começam a escassear.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, monsenhor Vitor Feytor Pinto realça que as estruturas eclesiais estão a fazer tudo para que as dioceses possam “dar mais apoio” à dádiva de sangue, “sobretudo nesta altura do verão”, em que as colheitas tendem a diminuir.

“Há muitas paróquias disponíveis, alguns núcleos da pastoral da saúde já estão a coordenar o contacto com as organizações de dádiva de sangue existentes na região, agora temos de ter consciência de que este trabalho não se faz de um dia para o outro”, sublinha o responsável da CNPS.

Numa declaração à Rádio Renascença, o presidente do Instituto Português do Sangue adiantou que a atual campanha nacional de recolha não está a corresponder às expectativas.

Segundo Hélder Trindade, as reservas existentes neste momento “teoricamente” deverão dar para “oito dias”, situação que, não sendo “dramática”, deve levar a um envolvimento mais efetivo da parte das populações.

Recordando aquilo que o Papa Bento XVI afirmou em meados de junho, o padre Feytor Pinto reforçou que “dar sangue é uma forma de colaborar com a dádiva da vida”.

Confrontado com a tese de que a falta de adesão dos portugueses à recolha de sangue poderá estar relacionada com o fim da isenção das taxas moderadoras para quem é doador, o coordenador da CNPS salientou que os cristãos devem “servir com gratuidade total”, à imagem de Cristo, em vez de procurarem “algo em troca”.

Por outro lado, o problema não se resolve “apenas com apelos”, é precioso “melhorar a comunicação entre as comunidades paroquiais e as diversas estruturas de recolha de sangue, em cada local”.

“Às vezes esta relação é mais difícil, mas estamos a tentar reestruturá-la de uma maneira correta”, concluiu o sacerdote.

JCP/RR

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