Aumento do número de padres depende da «convicção» e «fervor» dos católicos, diz bispo
Porto, 06 jul 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, afirmou hoje que a variação no número de padres e religiosos depende do compromisso com que os católicos vivem a fé.
Quando as paróquias “crescem em convicção e fervor, também normalmente cresce a vocação presbiteral, além das outras”, disse à Agência ECCLESIA o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
“A nova evangelização, em que nos temos de aplicar ainda mais, tem como objetivo vitalizar as comunidades cristãs, a começar pelas próprias famílias, tendo filhas e filhos e orientando-as para a vida sacerdotal e religiosa”, frisou.
D. Manuel Clemente ordena este domingo oito padres, seis dos quais se vão integrar no clero da diocese, enquanto que os restantes pertencem às congregações dos Beneditinos e Dehonianos.
“É com muita satisfação que desta vez temos seis novos sacerdotes. Não vai ser assim nos próximos anos, dado que voltaremos a números mais baixos”, sublinhou o prelado, que classifica as ordenações como “um sinal de que Deus continua presente”, o que, no seu entender, deve ser motivo de agradecimento.
Nas cinco anteriores celebrações de ordenações na Diocese do Porto o sacramento da Ordem foi concedido a nove padres mas no mesmo período faleceram mais de 60 sacerdotes, o que representa “uma desproporção muito grande”, assinalou.
“O ministério presbiteral é indispensável porque lhe estão reservados os sacramentos presidenciais, respeitantes à Eucaristia e à Reconciliação [Confissão], além de outros aspetos fundamentais no que se refere à Unção dos Enfermos e à evangelização propriamente dita”, vincou.
O prelado explicou também que a tendência para a concentração da formação dos seminaristas em Lisboa, Porto e Braga se deve à localização nessas cidades da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, instituição acreditada pelo Vaticano para a formação académica naquela área.
RJM