Portugal: Comissão Nacional Justiça e Paz pede compromisso político para promover «ano mais justo e mais fraterno» em 2023

Organismo católico publica nota sobre a Mensagem do Papa Francisco para 56.º Dia Mundial da Paz

Lisboa, 30 dez 2022 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), da Igreja Católica em Portugal, apelou a um compromisso político e social para que 2023 seja um “ano mais justo e mais fraterno”.

“A CNJP, acompanhando os votos formulados pelo papa Francisco, interpela os nossos governantes e políticos, os responsáveis das empresas e organizações, os líderes das comunidades religiosas e todos os homens e mulheres de boa vontade a que juntos sejamos construtores da paz e da esperança, de modo a construir, dia após dia, um ano mais justo e mais fraterno, um ano feliz”, refere o organismo, na nota ‘Juntos na Construção da Paz e da Esperança’.

O texto, enviado à Agência ECCLESIA, assinala a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2023, que se celebra a 1 de janeiro do novo ano.

“As várias crises morais, sociais, políticas e económicas que estamos a viver encontram-se todas interligadas, exigindo também respostas globais”, indica a CNJP.

O Papa Francisco convida, na sua mensagem para o 56.º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2023) a “mudar o coração”, no pós-pandemia, destacando que o impacto da Covid-19 deve reforçar o “sentido comunitário” e de fraternidade, na humanidade.

Para a Comissão Nacional Justiça e Paz, é necessário superar o individualismo e o egoísmo.

“Só juntos, na fraternidade e na solidariedade, seremos capazes de edificar a paz e a esperança, possibilitando superar os acontecimentos mais dolorosos”, pode ler-se.

Os desafios que enfrentamos enquanto humanidade só poderão ser verdadeiramente respondidos se tivermos a coragem de olhar a realidade sem a mascararmos, por um lado, e sem por ela nos deixarmos aprisionar, por outro”.

A CNJP destaca que a mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial da Paz evoca as consequências da crise provocada pela Covid-19 e a guerra na Ucrânia, “o rosto mais visível de tantos outros conflitos”.

A nota aponta à esperança, que “implica o compromisso e a ação transformadora”.

“Juntos nas famílias, juntos como povos e nações, juntos como crentes, juntos como humanidade inteira, deixando-nos inspirar pelo amor infinito e misericordioso de Deus, esse é o caminho que temos de trilhar para podemos enfrentar com responsabilidade e compaixão os desafios do nosso mundo”, apelam os membros da comissão.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano, com uma mensagem papal.

OC

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