Portugal: Combate à pobreza deve ser a «prioridade das prioridades» do país

Rede Europeia Anti Pobreza entregou carta aberta ao presidente da República

Lisboa, 19 jun 2020 (Ecclesia) – A Rede Europeia Anti Pobreza redigiu uma “carta aberta aos poderes políticos sobre a Pobreza em Portugal”, destaca o combate à pobreza como “prioridade das prioridades” do país e foi entregue ao presidente da República, esta quinta-feira.

“O presidente da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti Pobreza, padre Jardim Moreira e Sebastião Feyo de Azevedo, reitor da Universidade Portucalense (em representação do Conselho Social Nacional da EAPN Portugal) encontraram-se com o Presidente da República para lhe entregar uma “Carta aberta aos poderes políticos sobre a Pobreza em Portugal”, onde  se sustenta que o combate à pobreza deve ser a “prioridade das prioridades” do País”, pode ler-se no comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA. 

O documento, redigido pelo Conselho Social Nacional da Rede Europeia Anti Pobreza, constituído por cidadãos que tem por objetivo defender a dignidade humana, visa conduzir a uma estratégia nacional de prevenção e combate à pobreza.

«Pensamos que não tem sido considerado que a pobreza tem causas multidimensionais, e não basta apenas uma resposta monetária. O conceito de pobreza multidimensional refere-se à experiência e ao impacto da pobreza no percurso de vida das pessoas”, afirma o sacerdote. 

A carta propõe a reflexão sobre “10 áreas de ação fundamentais e urgentes”, “independentemente dos ciclos políticos”, no combate à “pobreza que não mata apenas os pobres” mas a prazo “matará a democracia”. 

“Estas privações podem incluir desemprego e baixa intensidade laboral, recursos financeiros, acesso a educação de qualidade e a cuidados de saúde, integração social, apoio familiar, condições de alojamento e residência. As pessoas em situação de pobreza também podem ser vítimas de estigma, vergonha, discriminação, isolamento e exclusão da vida social, consequências negativas de decisões restritivas ou de curta duração, pior saúde mental e física e uma esperança de vida mais reduzida”, explica o padre Jardim Moreira.

“Temos de garantir uma política social solidária com uma ação multidisciplinar e integrada junto das famílias pobres, combatendo os problemas estruturais que estão na origem da pobreza”, lê-se no documento.

O documento, que integra a proposta de Estratégia Nacional de Luta Contra a Pobreza, poderá ser subscrito online, a partir desta sexta-feira, por todos os cidadãos, conta já com a assinatura dos seus mentores e associados do Conselho Social da Rede Europeia Anti Pobreza.

SN

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