Portugal caminha para Fátima

Logística e assistência em viagem atraem mais peregrinos O Santuário de Fátima começa a ver chegar os milhares de peregrinos que de, mais longe ou mais perto, caminharam, mais ou menos quilómetros, para participar nas celebrações da Peregrinação Anual do 12 e 13 de Maio. De Paredes chegam esta tarde cerca de 420 peregrinos, depois de uma caminhada a pé, a decorrer desde o passado sábado, 6 de Maio. Promovido pela Obra de Caridade ao Doente e Paralítico (OCDP), com sede em Paredes, uma equipa de, cerca de 70 voluntários acompanha os peregrinos, na maioria jovens, disponibilizando toda a assistência logística necessária em situações do género. Até agora “tem corrido bastante bem”, comentou à Agência ECCLESIA o Pe. Feliciano Garcês, que desde há sete anos acompanha as peregrinações a Fátima. Como é hábito, e resultado de grandes caminhadas a pé, não faltam as bolhas e feridas nos pés, os músculos doridos mas, completa o Pe. Feliciano, “o ambiente é bom e as pessoas estão muito animadas”. O objectivo destas quatro centenas de peregrinos é comum: chegar ao Santuário de Fátima. Quantos às motivações, essas são diversas e pessoais. No entanto, no tempo de preparação que antecedeu esta peregrinação, foram realizadas várias reuniões com os peregrinos “onde ser procurou mentalizar as pessoas de que isto não é um passeio, nem uma caminhada mas, uma peregrinação”, sublinhou. Desde há cerca de 20 anos que a OCDP organiza esta peregrinação anual a Fátima e, de ano para ano, o número de participantes tem vindo a aumentar. Na estrada vêm, desde Paredes, para além de outros amigos, pessoas que ajudam e colaboram com a OCDP, uma obra cujo “objectivo é o de ajudar pessoas, da região do Vale do Sousa, que estão acamadas e com problemas de se movimentarem”, explicou o Pe. Feliciano Garcês. A assistência logística proporcionada durante a caminhada será o motivo que faz com que as inscrições para participar na peregrinação da OCDP se esgotem tão facilmente. “Quando abrimos as inscrições, em cerca de duas horas completamos o número de vagas que achamos que conseguimos acompanhar”, referiu. Uma «máquina» bem montada e organizada proporciona aos peregrinos todas as condições necessárias para caminhar com segurança e boa disposição: “Vem tudo de Paredes, excepto o pão que compramos pelo caminho. Temos águas para todos os dias, refeições, lanches, e uma cozinha que se monta duas vezes por dia”, acentuou. A mesma logística também inclui uma equipa de enfermagem e ambulância dos Bombeiros Voluntários de Paredes. Com todos estes voluntários também foi realizada uma preparação, nomeadamente, salientou, para “apelar à generosidade e à disponibilidade”. Pelo caminho, também o lado espiritual é alimentado, através da “oração do Terço, com reflexões”, da celebração eucarística diária “em pavilhões”, seguindo um percurso iniciado ainda antes de partir, este ano dedicado às virtudes de Nossa Senhora. Para além da assistência proporcionada pelos diversos grupos organizadores das peregrinações, os peregrinos que se deslocam a pé para Fátima contam, este ano, com 59 postos de assistência, que se encontram, sobretudo, nas estradas do norte do país. Segundo o Santuário de Fátima, citado pela Lusa, a Equipa Coordenadora da Assistência aos Peregrinos a Pé decidiu dar maior assistência, este ano, aos peregrinos que passam por zonas mais desprotegidas, como a Régua, Penedono, o percurso entre Foz Côa e Celorico da Beira, Alcochete, Rio Maior, Porto Alto e Caldas da Rainha. As três instituições que integram a equipa de assistência são a Cruz Vermelha Portuguesa, a Ordem de Malta e o Movimento da Mensagem de Fátima.

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