Porto: Torre dos Clérigos assinala «Dia do Pai»

Irmandade tem novas apostas para devolver protagonismo ao monumento

Porto, 19 mar 2012 (Ecclesia) – A Irmandade da Torre dos Clérigos, no Porto, assinala hoje o ‘Dia do Pai’ com entradas gratuitas no monumento para os progenitores que estejam acompanhados pelos filhos.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o juiz-presidente da instituição, padre Américo Aguiar, refere que o objetivo passa por “potencializar iniciativas” naquele local emblemático do Porto, que comemora o seu 250.º aniversário no próximo ano.

O carrilhão da Torre dos Clérigos (inaugurado em 1995), por exemplo, está subaproveitado e por isso, revela o sacerdote, pretende-se que, de modo mecânico ou através de um carrilhanista, se façam “concertos de música”.

Este projeto “está a ser alinhavado com o cónego Ferreira dos Santos” para que seja “retomada essa tradição de termos um carrilhanista que possa, em datas fixas, oferecer à cidade e aos turistas concertos de carrilhão”.

A Irmandade pretende também consagrar um espaço “à memória de Nicolau Nasoni” (arquiteto da Torre dos Clérigos), numa sala onde serão expostos materiais e a obra do arquiteto na cidade.

“Gostaríamos que a cidade pudesse potencializar a presença de Nasoni (1691-1773), tal como se vê em Barcelona (Espanha) com Gaudí”, acrescenta.

Com “cerca de 90 obras” de arquitetura religiosa e civil no norte do país, este arquiteto italiano “marcou profundamente o Porto e o Norte de Portugal com o seu saber”, salientou o juiz-presidente.

Para dar a conhecer a obra de Nasoni pretende-se “promover um circuito turístico que passe pelos vários edifícios” a ele ligados.

Os Clérigos recebem “muitos visitantes”, mas a grande maioria vem do estrangeiro, refere o padre Américo Aguiar, que acrescenta: “Infelizmente, grande parte das pessoas do Porto não conhece este monumento”.

No cimo, há uma “perspetiva fantástica da cidade”, sublinhou o sacerdote.

No plano literário, o também vigário geral da Diocese portuense confidenciou que os escritores Hélder Pacheco e Germano Silva estão escrever obras sobre este monumento da cidade.

A Torre, monumento nacional desde 1910, foi até ao século XVIII o edifício mais alto do país – com 75 metros – e tem no interior uma escada em espiral com 240 degraus.

LFS

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