Porto: Missionárias Dominicanas do Rosário destacam solidariedade e disponibilidade para acolher religiosas, após incêndio

Irmã Maria Deolinda Rodrigues destaca que o Colégio Flori vai começar o ano escolar em setembro

Foto: Externato Jardim Flori

Porto, 25 jul 2022 (Ecclesia) – A superiora das Missionárias Dominicanas do Rosário em Portugal destacou a solidariedade e a disponibilidade da Igreja e de pessoas amigas para acolher as religiosas, após o incêndio que deflagrou, este domingo, numa casa da congregação no Porto.

“Houve muita solidariedade, são incríveis os gestos de solidariedade mesmo para alojamento. Os Dominicanos vieram imediatamente, várias congregações do Porto, de Braga, de Aveiro, disponibilizaram-se para irmos para lá. E depois famílias daqui. Como o colégio é antigo tem muitos ex-alunos, muitos pais”, disse hoje à Agência ECCLESIA a irmã Maria Deolinda Rodrigues.

A superiora das Missionárias Dominicanas do Rosário, que também se encontrava no Porto, adiantou que as religiosas ficaram “sem nada”, após o incêndio que deflagrou este domingo na casa da congregação, no mesmo local onde existe o Externato Jardim Flori.

“Não sabemos com agradecer tantos gestos de solidariedade e de carinho dos pais, amigos, vizinhos, ex-alunos. Como os professores, a maioria tem estado aqui ao dispor de tudo”, acrescentou.

A equipa da Direção do Flori, num comunicado publicado online, explicou que o “edifício principal e demais instalações do colégio não sofreram quaisquer danos”, e que com a congregação religiosa estão a “organizar os trabalhos para que esta eventualidade não venha a afetar a vida escolar a partir de setembro”.

“O único cuidado é o pátio que é comum, mas não há nenhuma dificuldade no começo do colégio”, apontou a irmã Maria Deolinda Rodrigues, assegurando o início da atividade letiva no próximo mês de setembro.

Nesta casa das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário vivem quatro irmãs e a entrevistada lembra que iam começar a almoçar “quando o alarme de incêndio da casa disparou”.

“Nós estávamos no rés-do-chão, o fogo começou no segundo andar. No princípio não conseguíamos perceber porque é que estava a tocar tanto, tão insistente, ao subirmos as escadas, uma irmã viu o fumo. Tivemos muita sorte ser durante o dia. Estamos todas salvas”, relatou.

A religiosa que descobriu o incendio “acabou por ir aos serviços de urgência”, porque tinha inalado mais fumo, mas “já saiu do hospital e está tudo bem”.

O incêndio foi dado como extinto pouco depois das 15h00, e o comandante Carlos Marques, do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, disse aos jornalistas que quando chegaram “já o segundo piso estava tomado pelas chamas”.

A irmã Maria Deolinda Rodrigues realça que o edifício é “património municipal pela antiguidade, pela questão arquitetónica, e do campo das Belas Artes”, e já receberam a visita dos presidentes da junta de freguesia e da Câmara Municipal do Porto, para além da Proteção Civil, da Polícia Judiciária e das seguradoras.

“A casa ficou bastante danificada, tem vários pisos, mas só o rés-do-chão e o primeiro andar é que talvez se possa aproveitar, será uma decisão do Conselho Geral. Parte das irmãs do conselho chegam esta semana para ver o que é que fazemos”, assinalou a superiora das Missionárias Dominicanas do Rosário em Portugal.

CB/OC

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