Porto: Diocese quer reforçar espaços de «escuta e acolhimento» nas comunidades católicas (c/fotos)

Plano Pastoral para 2022/2023 aponta à Jornada Mundial da Juventude e ao processo sinodal

Porto, 01 jul 2022 (Ecclesia) – A Diocese do Porto vai apresentar hoje o seu Plano de Pastoral para 2022/2023, centrado no tema da “escuta e da hospitalidade”, apontando ao reforço de espaços de acolhimento nas comunidades católicas.

“Pelo menos nas vilas, cidades e centros populacionais maiores, ou por onde costumam passar mais pessoas, seria maravilhoso se, nas igrejas, estivesse alguém disponível para acolher quem chega, para escutar quem deseja”, escrevem D. Manuel Linda, bispo do Porto, e seus auxiliares, na introdução do documento.

O bispo do Porto disse à Agência ECCLESIA que as prioridades da escuta apontam a uma “pastoral mais acolhedora, mais afetiva”, em que cada um “seja acolhida pela Igreja”, como mãe.

O responsável católico destaca que esta deve ser a atitude fundamental perante alguns membros da comunidade que foram “mal acolhidos” e se passaram para “o lado da indiferença”.

“O presente e o futuro não serão de encerramento, de fechar as portas a ninguém, bem pelo contrário”, insiste.

O responsável católico convidou todos a “despertar” para a necessidade de ir ao encontro dos jovens, superando uma “pastoral de manutenção”, com apostas no contacto pessoal.

O evento de apresentação decorreu na Casa Diocesana de Vilar, com organização da Equipa Coordenadora do Plano Diocesano de Pastoral.

“Formemo-nos para a escuta e para o acolhimento. Vejamos nestas atitudes as condições básicas para um renovado estilo sinodal da nossa pastoral”, pedem os bispos da diocese.

O programa, com o tema “Abraça o presente! Juntos por um caminho novo”, aponta ao processo sinodal 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco, e ao “acolhimento hospitaleiro de milhares de jovens” que vão passar pelo Porto, rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.

D. Manuel Linda assinala a importância de reforçar ou criar estruturas de “escuta mútua e do acolhimento cordial”.

Poderiam ser leigos devidamente formados, com algum identificativo, em local visível e com condições de privacidade, disponíveis não tanto para falar, mas mais para acolher na simpatia e na amabilidade. Por exemplo, membros do Conselho Paroquial Pastoral – e outros! – de acordo com um específico horário”.

O documento sublinha que é insuficiente repetir os “caminhos de ontem”, desejando que se encontrem “novos critérios de percurso”.

“A nossa cultura contemporânea ancorou-se nos direitos humanos, de base fortemente individualista, e as pessoas começaram mesmo a valorizar a sua «diferença» específica, critério de identidade. E a reclamar atenção, escuta, acolhimento, simpatia, disponibilidade”, indicam o bispo do Porto e seus auxiliares – D. Pio Alves, D. Armando Esteves e D. Vitorino Soares.

O Plano Pastoral 2022/2023 articula-se com a proposta elaborada pelo COD – Comité Organizador Diocesano para a JMJ 2023 e inclui um “breve exame de consciência pastoral sinodal”, além do documento de síntese elaborado após a fase local do Sínodo 2021-2023.

LFS/OC

Notícia atualizada às 23h59

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