Milhares de pessoas participaram na procissão do Corpo de Deus
Porto, 21 jun 2019 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu esta quinta-feira à celebração do Corpo de Deus, que levou milhares de pessoas às ruas da cidade, apelando a uma cultura do acolhimento, criticando criminalização de quem ajuda refugiados.
Numa intervenção citada pelo jornal diocesano ‘Voz Portucalense’, recordou recentes dados que apontam para a existência, no norte de Portugal, de mais de 600 mil pessoas desempregadas, sendo que 200 mil correm o risco de caírem na pobreza.
“Estamos a caminhar para uma civilização fraterna?”, questionou D. Manuel Linda.
A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo contou com a tradicional Procissão do Corpo de Deus, numa organização do Cabido Portucalense a que se associam as paróquias, as ordens terceiras, as confrarias, movimentos e instituições da cidade, um momento que se repete na cidade do Porto desde 1417.
Na sua homilia, D. Manuel Linda recordou o caso de Miguel Duarte, português que enfrentar a Justiça italiana por ajuda à imigração ilegal, afirmando que a consciência cristã se deve “revoltar” perante esta situação,.
“Pelos vistos, agora, é crime ajudar quem está à beira da morte”, lamentou.
A intervenção retomou a preocupação com a necessidade de valorizar o domingo como “dia do Senhor e dia da família”.
Em relação ao culto eucarístico, D. Manuel Linda manifestou o seu desejo de que, no ano pastoral 2019-2020, seja inaugurado um espaço na cidade do Porto que tenha durante todo o dia o Santíssimo Sacramento em exposição.
OC