Porto celebra memória do Padre Américo

A paróquia de S. Nicolau, uma das zonas da cidade do Porto, onde o Padre Américo deixou uma importante obra social, assinalou ontem os 50 anos da morte do fundador da “Obra da Rua”, tendo inaugurado uma exposição sobre a vida do Pe. Américo. O Pe. José António Godinho, vigário-geral da Diocese, lembrou na sua saudação inicial, que “o Padre Américo continua vivo”. O sacerdote, que representou o Bispo do Porto na cerimónia, destacou o papel das Casas do Gaiato na manutenção desta herança, lembrando que estas instituições devem ser “defendidas e acarinhadas” pelos católicos. “Não precisamos de um Estado que regule e que domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio da subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas forças sociais”, apontou. Citando D. António Ferreira Gomes, o Pe. José António Godinho destacou o Padre Américo como “apóstolo dos tugúrios, o criado da Obra da Rua, do Património dos Pobres e do Calvário”, numa vida sempre atenta à “miséria envergonhada”. Antes da Missa, várias dezenas de pessoas juntaram-se no largo do Padre Américo, no Bairro do Barredo, para lhe prestar homenagem. O padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal, deixou o apelo de “se renovar o que há para renovar e ajudar aqueles que são mais miseráveis, para que esta vergonha nacional de termos 20 por cento de pobres deixe de ser o rosto deste País”. A exposição sobre a vida e a obra do Padre Américo está patente no salão paroquial D. António Ferreira Gomes, das 15h00 às 19h00, até ao próximo dia 23 de Julho.

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