D. Manuel Clemente assinalou seis anos na Diocese com lançamento de coletânea de textos
Porto, 25 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo do Porto considera que os tempos atuais requerem um “novo ardor” na evangelização e que o Papa Francisco é “mais um para entrar nesta caminhada” da Igreja Católica.
D. Manuel Clemente completou este domingo seis anos na diocese nortenha, ocasião para o lançamento do livro ‘O tempo pede uma Nova Evangelização’, uma coletânea de textos e intervenções do prelado.
Para o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, essa nova evangelização deve ser fundamentada num “novo ardor, novos métodos e novas expressões”, como afirmava João Paulo II (1920-2005).
No entanto, realça o bispo do Porto, “o essencial é o ardor” porque “a evangelização nasce de um convencimento, de uma convicção”.
A Igreja pode ter “uma parafernália de meios tecnológicos”, mas “se lá dentro não existir ardor” a mensagem não passa.
Quando existe ardor, este “encontra a expressão”, prosseguiu D. Manuel Clemente.
O padre e poeta Tolentino Mendonça, um dos organizadores do livro, disse à Agência ECCLESIA que aqueles textos do bispo do Porto são uma “radiografia por dentro” do tempo atual.
Para o padre Tolentino Mendonça, um bispo “tem oportunidade de, não apenas ler os grandes sinais dos tempos, mas também olhar a própria igreja por dentro, percebendo mais profundamente as interrogações, as esperanças, as expectativas e os problemas que a agitam”.
Sendo “um dos protagonistas da nova evangelização em Portugal”, D. Manuel Clemente tem também refletido – “quer do ponto de vista histórico, quer do ponto de vista pastoral” – as “questões da nova evangelização”.
O livro, editado pelas Paulinas Editora, é “uma resposta a uma pergunta que está no ar” na vida da Igreja e da cultura sobre “o que vamos fazer com isto que somos”, referiu.
“É preciso reinventar uma gramática do humano” e traduzir o evangelho numa “linguagem capaz de ser entendida pelas mulheres e pelos homens do nosso tempo”, conclui o poeta.
LFS