Porto: Bispo incentiva ao «contributo dos cristãos» para enviar 100 mil euros para Moçambique

D. Manuel Linda lembra «responsabilidade global» que todos têm na proteção da «casa comum»

Porto, 25 mar 2019 (Ecclesia) – A Diocese do Porto quer recolher 100 mil euros de ajuda à população de Moçambique atingida pelo ciclone Idai, a acrescentar aos 60 mil já disponibilizados, e lançou um apelo à solidariedade de todos dos cristãos.

“O sonho é chegarmos aos 100 mil. Precisamos do contributo dos nossos cristãos, individualmente ou por intermédio das suas paróquias e organismos”, escreveu D. Manuel Linda, bispo diocesano, numa mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O bispo do Porto informa que a conta para a  recolha de donativos é a do Fundo Social Diocesano com o número PT50 0018 2194 01559041020 17, e a indicação “Moçambique”.

Neste contexto, lembra o “velho princípio da moral” que diz que para “o pobre se desenvolver, os ricos têm de se envolver” e, neste caso, para os pobres refazerem a sua vida, “é indispensável” que comprometimento.

D. Manuel Linda assinala que a sociedade portuguesa e internacional está “a responder razoavelmente às urgências” que a situação impõe e realça que a Diocese do Porto também já participou com os contributos da Irmandade dos Clérigos e do Fundo Diocesano que totaliza 60 mil euros para as dioceses moçambicanas “mais atingidas” pelo ciclone: Beira, Chimoio, Gurué, Quelimane e Tete.

A reflexão conta com uma pergunta: “Fomos nós quem contribuiu para o ciclone Idai e, consequentemente, para o rasto de morte e destruição que deixou no centro de Moçambique?”

“É óbvio que ninguém quer acarretar com as culpas. É óbvio que nenhum de nós se foi confessar, acusando-se de estar implicado no sumo mal das perdas de vidas e bens de primeira necessidade. É óbvio que nem sequer pensamos nisso e tomamos a culpa à natureza”, desenvolveu.

Neste contexto, o bispo do Porto assinala que é altura de todos se comprometerem com “a indigência dos necessitados”, tanto mais, porque o “estilo de vida «desarruma» põe em perigo a casa comum de toda a humanidade”.

A passagem do Ciclone Idai por África afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas, contabilizam as organizações internacionais, em três países – Zimbabwe, Malawi – e Moçambique onde o número de pessoas atingidas pela catástrofe natural subiu para 531.000, o número de mortos para 446.

CB/OC

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