Bispo afirma necessidade de manter dimensão familiar «da transmissão da fé» e aposta no regresso às igrejas
Porto, 15 jul 2021 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou que o regresso às igrejas é uma das prioridades do pós-pandemia para as comunidades católicas da diocese, superando as limitações impostas pelos mais recentes confinamentos.
“Se a pandemia for abrandando – imaginamos que este pico será o último – e a partir do momento em que tenhamos mais condições, a celebração do culto não é dentro da nossa casa, muito menos diante de um computador”, referiu D. Manuel Linda, em declarações à Agência ECCLESIA e Rádio Renascença.
O bispo diocesano realçou que a celebração do culto “é a comunidade” que se reúne “na casa do Senhor para, de forma coletiva, cantar os seus louvores”.
A Diocese do Porto apresentou na última semana o seu plano pastoral para o ano 2021/2022 que tem como tema ‘Levanta-te. Juntos por um caminho novo’.
O bispo local escreveu o texto ‘Juntos, Sinodais e a Caminho’, onde destaca que “novas realidades” obrigaram a alterar planos e perspetivas para os próximos tempos.
D. Manuel Linda explicou que sinodalidade “é também processo de caminho e é fundamentalmente uma aprendizagem”.
“Não sabemos definir em palavras muito simples o que é a sinodalidade mas sabemos o que é o conceito, e sabemos caminhar em conjunto: Quando caminhamos em conjunto um diz uma expressão, outro dá uma ideia, ou contesta, e porventura nasce uma ideia terceira”, realça.
O tema para o novo ano pastoral 2021/2022 inspira-se no “mote mariano” da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023, que vai decorrer em Lisboa – “Maria levantou-se e partiu apressadamente”.
O bispo do Porto assinala que as várias comunidades e organismos da diocese estão a “trabalhar afincadamente” na JMJ, ainda que limitadas pelo contexto atual, a partir dos pequenos grupos.
“É evidente que seria uma coisa se houvesse a possibilidade de nos encontrarmos, particularmente em grandes celebrações, que são sempre motivo de muito ânimo, de incentivo coletivo”, desenvolveu.
D. Manuel Linda salientou que o Comité Organizador Diocesano (COD) para a JMJ 2023 está “muito bem estruturado” com vários setores e “largas dezenas de colaboradores responsáveis”, que é “o grande motor de arranque diocesano”.
CB/OC
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