Portalegre-Castelo Branco: Reitor apresenta seminário como lugar de «cuidar das vocações»

Portalegre, 10 nov 2014 (Ecclesia) – O reitor do seminário diocesano de Portalegre-Castelo Branco destaca o papel dos seminários na formação dos futuros padres, nesta semana que a Igreja pede especificamente mais oração e apoio a estas casas de formação.

“A Semana dos Seminários pede-nos oração pelos seminários e pelos seus seminaristas. Lembra-nos a partilha dos bens e lembra-nos, particularmente, a vivência da fé como elemento fundamental da cultura vocacional que é própria da Igreja”, revela o padre Emanuel Silva.

O seminário é apresentado pelo reitor como “tempo, espaço e experiência” de cuidar das vocações, essencialmente “eclesial e marcado por diversas experiências desde a oração à vida comunitária, pelo estudo, pela participação e “exercitação pastorais na vida das comunidades locais” e também pelo “confronto positivo do acompanhamento para discernir”.

“Enfim pela transfiguração teologal das capacidades e das qualidades pessoais”, observa o padre Emanuel Silva.

Nesse sentido, é feito o apelo que todos rezem pelos seminaristas e pelos pré seminaristas, candidatos e entrar nesta casa de formação, para que estes sejam “autênticos, livres, simples, apaixonados pelo Mestre até ao dom de si mesmos”, “amem o Povo de Deus” e desenvolvam “a sua confiança em Deus, na Igreja, na humanidade”.

Esta semana, começou este domingo e termina no dia 16 de novembro, com o tema – Servidores da alegria do Evangelho – que o sacerdote considera que convida a olhar para a “identidade daqueles que Jesus chamou, formou e agregou a si” para serem pastores na Igreja.

Este tema, acrescenta o sacerdote, é ainda um convite a olhar para os seminários, o local onde os chamados ganham experiência e percorrem o caminho necessário até receberem “o dom do Espírito para a missão”.

Para o responsável da casa de formação da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, o “amor a Deus” sobre todas as coisas e sobre todas as possibilidades pessoais/individuais “não é uma experiência de permanente estabilidade adquirida de uma vez para sempre”.

Na mensagem publicada no sítio na internet da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, o reitor explica que o que Jesus e a Igreja pedem “nem sempre coincide com os gostos pessoais dos que são chamados” e assinala que sua “paixão” pelo que Deus faz nas suas vidas e no mundo “é o seu melhor testemunho vocacional”.

O padre Emanuel Matos Silva destaca que à vocação sacerdotal são chamados os que Deus quer mas “apenas alguns Lhe respondem”: “São os que aceitam não ter o coração apenas cheio de si mesmos e querem que Deus ocupe a melhor parte, os que aceitam formar-se pela pedagogia da confiança no chamamento de Cristo”.

Sobre a realidade da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, o sacerdote assinala que comunidades cristãs “persistem e são pacientes” mesmo com a “falta de padres e de muitas outras vocações” porque “guiadas pelos seus pastores, vivem da sua confiança em Deus e na Igreja”.

O reitor do Seminário Diocesano recorda ainda uma frase do cardeal António Ribeiro (1971-1998), patriarca de Lisboa, sobre as vocações: “Se soubermos rezar, se soubermos chamar, se soubermos responder, não faltarão à Igreja as vocações de que precisa.”

CB

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