D. Antonino Dias elogia a acção da Cáritas diocesana na ajuda aos trabalhadores que ficaram sem emprego na região de Portalegre e Castelo Branco e mostra-se desiludido com os políticos.
Delphi (Portalegre) e Johnson Controls (Ponte Sôr) foram duas das empresas que lançaram centenas de pessoas no desemprego – processos que a Igreja tem acompanhado de perto, reunindo com sindicatos e empresários.
D. Antonino Dias foi entrevistado pela Renascença no âmbito da rubrica “No Caminho das Dioceses”. O bispo de Portalegre e Castelo Branco afirma que os políticos não fazem mais pelo interior do país, porque não conhecem o que por lá se passa e defende que os deputados deviam fazer uma espécie de “visitas pastorais”, para conhecerem os problemas e as necessidades das regiões pelas quais foram eleitos.
D. Antonino Dias mostra-se ainda preocupado com a falta de padres e, sobretudo, de seminaristas – a sua diocese, por exemplo, tem apenas dois. Na sua opinião, esta crise vocacional será bem perceptível dentro de 10 anos.
A Diocese de Portalegre e Castelo Branco está a apostar cada vez mais na formação dos leigos, que se têm revelado muito empenhados e, em várias comunidades, já substituem, no que podem, os sacerdotes.
D. Antonino Dias revelou ainda, nesta entrevista, desejar que a sua Diocese seja mais vezes notícia. Antigo jornalista (foi mesmo director do “Diário do Minho”), o bispo diz que esta tem sido uma das suas prioridades desde que foi para a Diocese, em Outubro de 2008.