Política: Gerações mais novas assumem-se como força de mudança

«É preciso participar de forma ativa não só nos partidos como na vida pública em geral» desafia Duarte Brito Goes

Lisboa, 02 jun 2011 (Ecclesia) – As gerações mais novas estão decididas a integrar a força de mudança necessária para o país, participando ativamente na vida social e política e partilhando novos ideais para solucionar a crise instalada.

“É um momento em que é preciso voltarmo-nos a interessar pela causa comum, sair de casa e participar de forma ativa não só nos partidos mas na vida pública em geral” sublinha Duarte Brito Goes.

Em entrevista ao programa 70×7, da RTP2, este jovem advogado, que faz parte do Grupo de Reflexão Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica, recorda o exemplo “histórico” dado por milhares de jovens em Portugal e, mais recentemente, em Espanha, quando saíram para a rua a reivindicar um futuro melhor.

“É um chamamento forte para a classe política, que tem que ouvir as pessoas, elas têm que se sentir mais representadas, sentir que estão envolvidas e que os políticos estão ali para servir, não para se servirem a si próprios” sublinha.

Refém de um passado recente em que gastou mais do que aquilo que produziu, Portugal enfrenta agora a necessidade de ter que recorrer ao crédito externo para conseguir equilibrar as contas.

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Depois de anos de um desafogo apenas aparente, a população portuguesa acordou para a realidade e, em conjunto, procura alternativas, pede contas por políticas desajustadas, mas também olha para aquilo que correu mal, dentro de cada casa, na vida de cada um.

“Nos últimos anos fizemos uma grande confusão e achámos que bem-estar social era o bem-estar do consumismo, habituamo-nos a ter necessidades que, no fundo, não existem” aponta Susana Réfega.

Para a diretora executiva da Fundação Evangelização e Culturas, “a crise pode ajudar a parar, a questionar e também a participar mais”.

“Ao pormo-nos fora ou ao dizer ‘eu não acredito nos partidos políticos’ estamos a desresponsabilizarmo-nos” realça.

Os jovens assumem-se como motor de uma nova mentalidade, que procura reconquistar direitos adquiridos, hoje ameaçados por factores como o desemprego crescente, a precariedade no trabalho e a ausência de oportunidades.

70×7/JCP

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