Apesar do crescimento económico dos últimos anos, há uma grande taxa de pobreza em Espanha. O alerta é da Caritas no país, que pede a quem ganhar as eleições que promova uma verdadeira política activa de emprego. As famílias monoparentais e precisamente as mães que têm de cuidar dos filhos são um dos factores identificados pela Caritas espanhola para a grande taxa de pobreza existente em Espanha, apesar de todo o crescimento nos últimos anos. “Pode parecer surpreendente, mas apesar de Espanha ser um país que cresceu muito acima da média da União Europeia tanto a nível de emprego e da economia, temos uma taxa de pobreza que chega aos 20%”, diz Silvério Rodrigues à Renascença. Pobreza que, segundo o secretário-geral da Caritas, se concentra não só nas grandes cidades, mas também nas regiões fronteiriças rurais com Portugal. Silvério Rodrigues diz por isso que o próximo Governo espanhol tem de ter uma prioridade bem definida. “Insistimos até à exaustão que o melhor instrumento para combater a pobreza é o emprego e lutamos constantemente para que os programas políticos, governe quem governe, introduzam nas suas propostas de política social uma política activa de emprego, que consista não só em proteger a família com medidas de protecção passivas, como garantir subsídios, mas potenciar politicas activas de emprego, para proporcionar não apenas o peixe, mas a cana e ensinar a pescar, que é a forma mais eficaz e mais digna de ajudar as pessoas”, acrescenta.