Mais do que uma história pensada, «Pitopeca em África – História de uma Missão em Maputo», foi uma história vivida. Inês Leitão, autora do livro, esteve seis meses em Maotas, nos subúrbios de Maputo, em Moçambique, a trabalhar com doentes mentais. A sua experiência foi apresentada hoje, no Congresso Missionário Nacional. Depois de uma experiência de missão, “achei que tinha ganho muita coisa e devia retribuir o que ganhei”, conta a autora. Devido ao seu gosto pela escrita, Inês Leitão pôs para o papel, de uma forma “simples, infantil e para a todas as pessoas”, como viveu esta missão. “Quis explicar às crianças que um mundo melhor é possível e se podem integrar num mundo mais feliz”. Inês Leitão trabalhava já com a Juventude Hospitaleira e com as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Esta congregação trata e acolhe doentes mentais. “Os doentes mentais são muito marginalizados, sobretudo numa sociedade que sofre os flagelos da fome e da miséria”. Inês Leitão recorda, de forma resumida, que as irmãs organizaram um centro e recolhem os doentes em Maotas, e “dão-lhes dignidade e a possibilidade de construírem o seu futuro”. As mudanças na sua vida como consequência desta missão “foram todas positivas”. “Vejo tudo de forma diferente. Agradeço a comida que tenho no prato, a água que bebo da torneira, coisas simples que antes de partir não me eram óbvias”. Hoje, afirma, “sou uma pessoa agradecida”. O lucro da venda do livro, reverte a favor das Irmãs hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus.