«Peregrino da esclerose múltipla» chegou a Fátima

José Maria Arroyo Sánchez agradece generosidade dos portugueses Muitos milhares de peregrinos, que vão participar nas cerimónias do 13 de Maio, em Fátima, cumprem a fase final do percurso que os conduz ao Santuário. Um, em particular, chegou esta manhã a Fátima para rezar pela sua filha, Maria Belén, que padece de Esclerose Múltipla. O espanhol José Maria Arroyo Sánchez saiu da Basílica de Nossa Senhora do Prado, em Talavera de la Reina, no passado dia 2 de Maio, animado pela sua fé e pela vontade de chamar a atenção para a necessidade da investigação médica da Esclerose Múltipla. À Agência ECCLESIA confessou, poucos minutos de chegar a Fátima, que sentia forças “para percorrer mais 500 quilómetros, se fosse preciso”. A força de vontade fê-lo pernoitar ao relento, desafiar montes e vales para regressar ao Santuário português, onde já estivera em 2004. “Creio que, com a ajuda de Deus, e através da divulgação, seja possível que tomem a investigação da doença mais a sério e algum dia teremos frutos deste esforço”, refere. José Maria Sanchez agradece a ajuda dos portugueses, “muito boa gente” e destaca que as suas caminhadas noutros locais nem sempre são tão bem acolhidas como entre nós. “Tenho encontrado gente muito humilde, sempre disposta a ajudar”, assegura. A única dificuldade tem a ver, neste momento, com o alojamento em Fátima, que apenas está assegurado para esta noite. José Maria Sánchez não aceita nenhum tipo de ajuda monetária e peregrina apenas com um cajado, um chapéu e uma pequena mochila “para que não digam que faço isto por dinheiro”. “A mim o que me move é a fé, capaz de transportar montanhas, e onde chego tenho aberto o meu coração”, indica. O “Peregrino da Esclerose Múltipla” iniciou estas peregrinações há três anos e não tenciona parar. Depois de regressar de carro à sua terra, começará nova caminhada no dia 28 de Maio, até ao Santuário de Lourdes, e deixa uma promessa no ar: se até ao próximo ano não se registarem avanços significativo na luta contra a doença, a peregrinação desde Talavera de la Reina terá como meta o Vaticano. “Eu continuarei a peregrinar a pé enquanto Deus me der força”, conclui.

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