Peregrinação Militar Internacional está a perder dimensão espiritual

Uma experiência “marcada pela festividade das celebrações e pela proximidade com os militares de outros países” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Rui Lopes, Capelão Militar nos Pupilos do Exército (Lisboa), na Peregrinação Militar Internacional ao Santuário de Lourdes (Maio), de 20 a 25 de Maio.

Há seis anos que o sacerdote dominicano tem responsabilidades na ligação da unidade militar portuguesa que se desloca ao Santuário de Lourdes com a organização da Peregrinação Internacional. “Dá para ver as dificuldades e virtualidades que a peregrinação tem e a forma como ela se gera” – confessou.

A França, Itália, Alemanha e Croácia são os países com maior representação nesta iniciativa que nasceu, em 1958, quando dois padres (um francês e outro alemão) se juntaram, em Lourdes, para tentar a reconciliação entre os dois povos. Portugal está representado com cerca de 600 peregrinos.

Ao fazer a avaliação desta «caminhada», o Pe. Rui Lopes lamenta que se esteja “a perder alguma dimensão espiritual”. Apesar deste decréscimo espiritual, o capelão militar reconhece que a visita à gruta das aparições é um local obrigatório. Hoje, é praticamente impossível um militar não ir à gruta de Santa Bernadette”.

Lourdes é uma cidade situada na base dos Pirenéus e aparece como um traço de união entre a Planície e a montanha. A 11 de Fevereiro de 1858, Nossa Senhora aparece pela primeira vez à jovem Bernadette, na gruta de Massabielle, junto às margens do Rio Gave. O Pe. Rui Lopes é um devoto de Santa Bernadette. “Ela ocupa um lugar especial no meu coração” – sublinha.

Luis Filipe Santos, na Peregrinação Militar Internacional ao Santuário de Lourdes 

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Agência ECCLESIA

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