Pequim vê «boas perspectivas» para normalizar relações com o Vaticano

Um porta-voz do Governo chinês assegurou que há “boas perspectivas” para a normalização das relações diplomáticas com o Vaticano, após mais de meio século de ruptura, em resposta à oferta de diálogo lançada pela Santa Sé na semana passada. “Estamos dispostos a manter contactos e diálogo”, destacou o porta-voz chinês do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Liu Jianchao. Este responsável acrescentou que Pequim “aprecia” a atitude do Vaticano de tentar normalizar as relações, e reiterou que, na China, a Constituição garante a liberdade religiosa sempre que se cumpram as leis. Para o restabelecimento de relações diplomáticas, a China exige que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente (obtendo aparentemente o consentimento do Vaticano, neste ponto) e que aceite também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica (APC), controlada pelo Estado. Nesta questão, contudo, a posição da Santa Sé tem-se mantido inalterável. Bento XVI convocou para o passado fim-de-semana uma reunião especial no Vaticano para abordar “os problemas eclesiais mais graves e urgentes, que esperam uma adequada solução em relação aos princípios fundamentais da constituições divina da Igreja e da liberdade religiosa”.

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