Patriarca pede fidelidade aos padres

D. José Policarpo ordena três novos sacerdotes e sete diáconos em dia de festa com São Paulo O Cardeal-Patriarca de Lisboa defendeu este Domingo a necessidade de "fidelidade" de todos aqueles que foram ordenados na Igreja para desempenhar o "ministério apostólico".

"Um sacerdote ordenado, no exercício do ministério apostólico de que participa, nunca pode contrapor a sua visão pessoal à palavra de Pedro, a quem Jesus entregou a responsabilidade da palavra decisiva e orientadora em cada momento da história. E esta obediência crente só será perfeita se for expressão de amor, da nossa comunhão de amor com o sucessor de Pedro, exprimindo nessa comunhão o amor com que amamos a Igreja", disse D. José Policarpo, na homilia da Missa de ordenação de presbíteros e de diáconos, às 16 horas, no Largo fronteiriço à igreja de S. Paulo, em Lisboa.

O Cardeal-Patriarca quis "garantir ao Santo Padre esta obediência crente e amorosa de todo o presbitério de Lisboa".

Em pleno Ano Sacerdotal, o Patriarca disse aos novos padres que "o ministério sacerdotal que recebeis, mais do que o resultado da vossa generosidade e entrega, é manifestação do amor de Cristo pela Igreja. Vivei-o assim."

"É urgente que as pessoas e as comunidades se sintam amadas por Jesus Cristo através do vosso ministério. A partir deste momento, o ministério sacerdotal e a maneira de o exercer marcará o ritmo do vosso caminho pessoal de fidelidade e de santidade", assegurou.

Para D. José Policarpo, "este Ano Sacerdotal oferecerá a toda a Igreja o desafio de se confrontar com a profundidade do seu mistério: a Igreja é o fruto precioso do amor com que Deus amou o mundo, em Jesus Cristo: nasce e alimenta-se da Sua Palavra, que é sempre uma palavra de amor; reencontra-se, sempre de novo, na Eucaristia, que oferece como Povo Sacerdotal e donde é enviada, sempre de novo, para construir a comunhão de amor e anunciar a alegria da redenção".

"O sacerdócio apostólico é um dom, para que toda a Igreja seja Corpo de Cristo e Povo Sacerdotal. Este ano desafia toda a Igreja a olhar os sacerdotes, não apenas na perspectiva humana das suas qualidades ou defeitos, mas manifestação do amor de Deus pela Igreja", prosseguiu.

Para os sacerdotes em particular, defendeu o Cardeal-Patriarca, "este ano é um convite a identificarmos a nossa vida com este mistério de que somos portadores, na fragilidade da nossa natureza".

D. José Policarpo assinalou ainda o encerramento do Ano Paulino, desejando que "durante este ano, tenhamos aprendido com o Apóstolo Paulo: as nossas comunidades precisam de ser continuamente alimentadas pela Palavra de Deus, cuja mensagem devemos continuar a perceber, tal como ele fazia, na intimidade com Jesus Cristo".

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