Patriarca deixa desafios aos finalistas de Lisboa

D. José Policarpo apresenta exemplo do Santo Condestável e apela à fé para superar época de crise D. José Policarpo preside este Sábado à Bênção dos Finalistas no Patriarcado de Lisboa, junto de 7 mil estudantes de 58 faculdades, este ano sob o lema “Faz da Vida um Projecto Partilhado”. Na sua homilia, o Patriarca de Lisboa apresentou como exemplo São Nuno de Santa Maria, que apresentou como “carta viva, dirigida a todos nós que, em circunstâncias históricas tão diferentes, queremos construir uma sociedade renovada neste Portugal que continuamos a amar”. “Sede para esta sociedade, tão marcada por egoísmos e por projectos sem ideal, uma carta escrita, não com tinta, mas com o sangue de uma vida entregue, e não haverá crise que vos resista”, apelou aos finalistas. Perante cerca de 60 mil pessoas entre estudantes, docentes e funcionários das diversas faculdades, pais e familiares, na Alameda da Universidade, o Cardeal-Patriarca deixou “uma mensagem de esperança, nesta nova etapa da vida, em que, com a preparação que recebestes, ides enfrentar um futuro carregado de incertezas, mas também rico em desafios de criatividade e generosidade”. A época de crise, sublinhou, “faz-nos perceber que, sem a grandeza e a generosidade do espírito do Evangelho, não haverá soluções válidas e duradoiras”. “E não penseis que estou a afirmar que a fé deve substituir a competência. Esta deve ser posta ao serviço de ideais generosos e grandiosos, para Portugal e para o mundo”, precisou o Cardeal-Patriarca. Em tempos de globalização, destacou, “a pequenez geográfica do nosso território não pode ser a medida do nosso contributo”. “Foi essa a visão rasgada de São Nuno, foi experiência grandiosa da nossa história, pode ser página gloriosa no futuro que se anuncia. Mas só será assim, se estivermos na comunidade internacional, na Europa e no mundo, não à procura de lucros e na defesa de interesses materiais, mas com a perspectiva grandiosa de humanização, no desejo utópico de querer fazer de toda a humanidade uma grande família humana”, disse o Patriarca de Lisboa. D. José Policarpo defendeu que “a palavra da Igreja suscita dinamismos, abre horizontes de renovação, propõe ideais, mas é tantas vezes ineficaz porque não é acolhida”. “Como eu desejaria que vós mesmos, com o ideal dos vossos corações, com a certeza da esperança de que é possível mudar o mundo, fosseis essa mensagem viva que a Igreja dirige à sociedade do nosso tempo”, exclamou. “Não vos envergonheis de Jesus Cristo. Nas vossas comunidades e mesmo em grupos informais, habituai-vos a reflectir a realidade com a força e a luz da fé”, pediu ainda. Notícias relacionadas • Homilia do Cardeal-Patriarca de Lisboa na Bênção dos Finalistas Universitários

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