D. José Policarpo diz que Bento XVI não «ralhou» com os bispos e pede caminhos de renovação da Igreja D. José Policarpo lembrou este Domingo em Lisboa os apelos lançados por Bento XVI durante a recente visita Ad Limina do episcopado português, pedindo caminhos de renovação para a Igreja. “O Papa não nos ralhou, pelo menos não demos por isso, antes nos incentivou a percorrer os caminhos de renovação e fidelidade que, em comunhão com ele, desejamos, contando com o empenho de todo o Povo de Deus”, referiu o Cardeal-Patriarca na homilia da Missa a que presidiu no Mosteiro dos Jerónimos. Nesta celebração teve lugar a ordenação de 14 novos diáconos. D. José Policarpo quis apresentar uma reflexão sobre a Igreja “comunhão”, que “valoriza a dignidade real e a igualdade fundamental de todos os baptizados”, destacando em especial a dimensão do serviço associada ao diaconato. Neste contexto, o Patriarca de Lisboa afirmou que “os leigos não são apenas colaboradores dos sacerdotes, mas de Jesus Cristo e esperam dos sacerdotes que os fortaleçam com a sua graça própria”. “Precisamos de leigos que se considerem co-responsáveis pela Igreja, que tomem iniciativas na evangelização e no serviço da caridade, sobretudo fortalecendo-se uns aos outros para aquela presença nas realidades temporais, que é o campo específico da sua missão laical”, prosseguiu. O Cardeal lisboeta disse ainda que “precisamos de sacerdotes que sejam para esses leigos a força que dinamiza, a luz que esclarece, o amor que a todos une na fidelidade a Jesus Cristo”. Noutro âmbito, D. José Policarpo falou da importância da “escuta da palavra na edificação da Igreja”, que será tema da próxima sessão do Sínodo dos Bispos. “Na nossa diocese realizou-se uma vasta sondagem sobre a importância da palavra de Deus na vida da Igreja Diocesana e já está pronto um relatório que nos interpelará durante este ano para a melhoria da proclamação e da recepção da palavra de Deus. Esse é um aspecto relevante do Ministério dos diáconos e dos presbíteros”, observou. Notícias relacionadas • Tempo de esperança é tempo de fidelidade renovada