Patriarca de Lisboa esclarece as relações entre a Igreja e a Maçonaria

Mensagem da Quaresma convida a participar na Eucaristia Com o aproximar da Quaresma, D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, escreveu uma nota pastoral onde sublinha que “há muitas razões para que a Páscoa deste ano seja especial: o Ano da Eucaristia, a preparação do Congresso Internacional da Nova Evangelização, o desafio, cada vez mais exigente, a que os cristãos dêem testemunho da sua fé no seio da sociedade em que estão inseridos, mostrando que a fé em Jesus Cristo fundamenta a esperança e define critérios e ordens de valores na construção da cidade”. A visão cristocêntrica e eucarística da história “não retira nada ao realismo e à complexidade da realidade humana contemporânea. Dá-lhe um sentido de profundidade radical, porque os cristãos aprendem na Eucaristia que não se pode desligar a construção da sociedade presente da cidade definitiva” – refere. No mesmo documento, o Patriarca de Lisboa aborda também a “longa e atribulada história” das relações “da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anticlericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria”. A questão crucial – realça D. José Policarpo – “sobre a qual os católicos têm o direito de esperar uma resposta do seu Bispo, é esta: a fé católica e a visão do mundo que ela inspira, são compatíveis com a Maçonaria e a sua visão de Deus, com o fundamento de verdade e de moralidade e o sentido da história que veicula? E a resposta é negativa. Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia. E a incompatibilidade reside nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história”. Actualmente ainda existe uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? O cardeal Patriarca responde: “não nos termos em que se pôs no passado” E acentua: “não devamos ser ingénuos: a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas “obediências”, lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé”. E conclui: “a expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram”. Notícias relacionadas •«A Páscoa da Eucaristia»

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