Patriarca de Jerusalém condena opressão nos territórios palestinianos

Pax Christi Internacional também exige final da ocupação militar O Patriarca latino de Jerusalém, D. Michel Sabbah, condenou duramente a ocupação e a opressão israelita nos territórios palestinianos, assegurando que o melhor a fazer, em caso de duvidarem destas afirmações, “é ver com os próprios olhos”. “A situação é simples e clara: há um povo oprimido, sob ocupação, e isso é uma fonte do mal. Abandonando a opressão conseguir-se-á curar tudo”, disse à agencia católica norte-americana CNS. Para este responsável, a situação é tão óbvia que qualquer observador poderá perceber quais são as respostas necessárias para a paz. “Os israelitas querem paz e segurança, mas fazem a guerra, cada vez mais”, criticou. Em relação à barreira de segurança, na Cisjordânia, D. Sabbah diz que o seu principal efeito será “separar as pessoas dos seus centros de vida – igrejas, escolas, hospitais, lojas e comércio”. “Este muro é um símbolo de hostilidade”, afirmou. O Patriarca latino de Jerusalém está nos EUA, onde participou no Conselho Internacional da Pax Christi, Movimento Internacional Católico pela Paz. Na ocasião, o prelado pressionou os norte-americanos a fazerem com que Israel cumpra o plano de paz para a Terra Santa, o “Road Map” que prevê a criação de um Estado palestiniano até 2005. A Pax Christi também exigiu o final da ocupação militar dos territórios palestinianos, incluindo a destruição do Muro de Segurança e apelando aos EUA para actuarem no sentido de fazer respeitar as resoluções da ONU relativas ao Médio Oriente. O Conselho Internacional da Pax Christi aprovou ainda uma resolução relativa à libertação de Mordechai Vanunu, o homem que revelou ao mundo os segredos nucleares de Israel, foi hoje libertado da prisão de Shikma, Askhelon (sul de Israel), depois de 18 anos de reclusão. O documento final do encontro condena a “guerra contra o terrorismo” liderada pelos EUA no Iraque e no Afeganistão, assinalando que elas estão a polarizar o nosso mundo. O texto, assinado pelos 165 delegados de 64 países de todos os continentes, reunidos em Nova Iorque de 19 e 23 de Maio, diz que “esta guerra levou a mais terrorismo, alimentou ideologias fundamentalistas e provocaram um falso choque de civilizações”. A secção Portuguesa da Pax Christi esteve representada pela sua vice-presidente, Maria Luísa França, e pela secretária-geral, Maria Margarida Saco.

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