D. António Moiteiro explica que se vive «ocasião propícia» para pensar a sociedade e a vida cristã «de uma forma diferente»
Aveiro, 12 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro defendeu hoje a vida desde a sua conceção à morte natural, uma economia ao serviço de todos e uma “cultura ecológica”, na homilia da Missa de Páscoa, que presidiu na Sé.
“Se alguma lição tem a tirar desta pandemia será o respeito e a defesa da vida em todas as idades, a defesa da vida desde a conceção até à morte natural e a defesa da vida, sobretudo mais frágil. Estamos a acompanhar estes dias com alguma angústia, o que se passa nas residências dos idosos, nos lares, nos cuidados continuados, onde infelizmente graça o vírus da Covid-19”, disse D. António Moiteiro.
Na homilia da Missa de Páscoa, o bispo de Aveiro afirmou que a defesa da vida “deve” levar ao empenho de todos porque “a vida é o contrário da morte, a vida é a vitória sobre a morte”.
A Páscoa de Jesus e os tempos em que nos encontramos é uma ocasião propícia para pensarmos a sociedade e a nossa vida cristã de uma forma diferente”.
D. António Moiteiro realçou que é preciso empenho “numa nova cultura ecológica” e incentivou ao protagonismo numa “economia ao serviço de todas as pessoas”, e citou o Papa Francisco, na exortação apostólica ‘Alegria do Evangelho’: “Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e o regresso da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano”.
No início da Eucaristia, o bispo de Aveiro realçou que este é o dia em que “a vida triunfa da morte”, onde o ressuscitado que aparece aos seus discípulos e “lhes dá coragem para a sua vida”.
“É esta coragem que queremos celebrar porque nasce da fé, da certeza que Jesus caminha connosco, também ele percorre os caminhos da nossa vida”, acrescentou.
Na homilia, D. António Moiteiro explicou que a partir do momento da ressurreição o protagonista é “o grupo, a comunidade, a Igreja” e Jesus “mandou pregar ao povo e atestar que ele foi constituído juiz dos vivos e dos mortos”, sendo a missão proclamar que “é ele que salva e a ressurreição é o principal sinal da salvação”.
“Desejo a todos uma santa Páscoa, e que Jesus ressuscitado nos dê esperança, força e confiança no futuro que todos queremos construir”, disse no final da sua reflexão na Sé de Aveiro.
CB/OC