A Paróquia de S. Vicente está ansiosa por avançar com a construção do Centro Comunitário, que ficará localizado nas imediações do Bairro Social das Andorinhas, na cidade de Braga. O projecto – que custará mais de um milhão de euros (duzentos mil contos) – já deu entrada há algum tempo na Segurança Social, onde recentemente foram acertados os últimos pormenores, informou ao DM o pároco, Carlos Vechina, que espera poder lançar o projecto após o período das férias. Depois de algum tempo na expectativa de ver a obra financiada pelo Plano de Investimentos e Desenvolvimento da Administração Central, a “Associação Vicentina” da Paróquia – que é a entidade que vai assumir a obra – ainda considerou a possibilidade de apresentar uma candidatura ao Programa Pares (concurso nacional para a construção de instituições sociais), mas tal «implicava a alteração deste projecto de raiz num prazo “irrealista” de 10 dias, sem qualquer garantia de que viria a ser contemplado», explicou o sacerdote. Assim, Carlos Vechina adiantou que a Paróquia «não pode esperar mais» por esta importante obra social, pelo que vai avançar com a construção do Centro Comunitário a expensas próprias, esperando ver depois financiadas as várias valências de apoio social à comunidade. «Não podemos esperar mais, neste momento não temos dinheiro, mas acredito que havemos de consegui-lo, fruto da generosidade de todos os vicentinos e amigos», referiu, considerando que as novas exigências do Governo «eram quase impossíveis de satisfazer», já que pediam determinados critérios de construção, como as medidas das salas, e agora exigem outras, o que obrigava a «uma alteração profunda do projecto». Oficinas e muita vida Perante a reconhecida necessidade social desta estrutura, a Paróquia de S. Vicente só espera pela aprovação final do projecto junto da Segurança Social – que pensa ser «uma questão de dias» – para poder de imediato abrir o concurso e começar a receber propostas para a construção do novo Centro Comunitário. Se tudo correr normalmente, o pároco tem a esperança de poder lançar “a primeira pedra” após o período de férias de Verão. Carlos Vechina realça que se trata de «um espanto de projecto» – a edificar em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Braga, na mesma zona onde estava prevista uma Esquadra de Polícia – que vai permitir a criação de um Centro Comunitário «onde as pessoas se sintam úteis», pelo que terá um espaço de oficinas e de actividades, onde estas poderão ocupar o tempo sem estarem simplesmente à espera que este passe. Além das oficinas, a nova instituição social terá como principais valências o Centro de Dia, o Apoio Domiciliário, uma Creche para cerca de 30 crianças e um Gabinete de Apoio Psicológico a famílias desestruturadas/ necessitadas, que já começou a funcionar provisoriamente em instalações cedidas pela Junta de Freguesia de S. Vicente, também no sentido de avaliar previamente as necessidades sociais da localidade, às quais o Centro Comunitário vai posteriormente procurar responder. Certo é que «carências não faltam e estão sempre a crescer», remata o pároco, esperançado no rápido avanço do projecto.