Bento XVI encontra-se, neste momento, no palácio da Generalitat de Valência, onde faz uma visita de cortesia aos Reis de Espanha. O momento mais aguardado, contudo, acontecerá dentro de pouco mais de uma hora, quando o primeiro-ministro espanho, José Luis Zapatero, for recebido em audiência privada no Palácio Episcopal. O Papa já manifestou aos Bispos espanhóis o seu apoio na luta “contra a secularização” e tem claras divergências com Zapatero relativamente aos temas da família e do matrimónio. Apesar de muitos órgãos de comunicação preverem um clima de tensão, o encontro desta tarde é pouco mais do que uma formalidade, do qual não deve sair, sequer, uma declaração conjunta. Os jornalistas que acompanharam a viagem papal no avião interrogaram Bento XVI sobre as recentes polémicas da política de José Luiz Zapatero. O Papa disse que não quer começar pelos casos negativos, mas quer antes encorajar essa realidade que vem ao encontro em Valência, ou seja, muitos casais e famílias que são felizes e que se amam: “Esta é uma realidade que dá esperança ao mundo”. José Luis Zapatero tem gerado várias divergências com a Igreja Católica no país devido às suas posições sobre questõs como os casamentos homossexuais, a facilitação do divórcio e do aborto, o financiamento público à Igreja e o ensino religioso nas escolas públicas. O primeiro-ministro espanhol já fez saber que não estará presente na Missa a que o Papa vai presidir amanhã, no encerramento do V EMF, devendo atrair cerca de 1 milhão de fiéis. O governo da Espanha será representado pelos ministros da Justiça e dos Negócios Estrangeiros. Hoje à noite, na área da Cidade das Artes e das Ciências, Bento XVI presidirá ao encontro de festa e de testemunhos que concluirá o V EMF. Prevê-se também a participação de quase um milhão de pessoas.