Parlamento aprovou voto de pesar pela morte do Cón. Melo

O Parlamento aprovou esta Sexta-feira um voto de pesar pela morte do Cónego Melo, com os votos favoráveis do CDS-PP e do PSD, a abstenção da maioria dos deputados socialistas e o voto contra do PCP, BE e PEV. No final da leitura do voto, e no momento imediatamente anterior a ser feito um minuto de silêncio, muitos deputados socialistas, como Vitalino Canas, Manuel Alegre, João Soares ou Vítor Ramalho, saíram da sala do plenário da Assembleia da República. “No passado sábado, morreu em Fátima, o monsenhor Eduardo Melo Peixoto, para muitos, simplesmente o Cónego Melo. Como a propósito salientou o arcebispo de Braga D. Jorge Ortiga, ‘é sempre difícil, em poucas palavras, sintetizar a vida de alguém que foi grande durante toda a sua vida'”, lê-se no voto de pesar apresentado pelo CDS-PP. Durante a discussão do voto de pesar, o deputado do CDS-PP Nuno Melo recordou ainda o Cónego Melo como alguém que dedicou toda a vida “à Igreja, aos outros à sua cidade e ao país”. Jorge Strech, pela bancada do PS, explicou a abstenção dos socialistas, sublinhando que o grupo parlamentar “jamais votaria contra o pesar pela morte de alguém”. Contudo, acrescentou, por não se tratar de um “voto inócuo” e porque o PS “não aceita qualquer tipo de instrumentalização”, os socialistas não acompanharam o sentido de voto nem das bancadas mais à esquerda, nem da direita parlamentar. “Assistimos a uma guerra entre as bancadas mais à direita e mais à esquerda, que tentam uma revisão histórica”, declarou. O PSD foi, assim, a único partido a acompanhar o CDS-PP no voto favorável. “Votaremos favoravelmente com toda a tranquilidade. A Assembleia da República não pode transformar-se num tribunal popular”, afirmou o deputado Fernando Santos Pereira. Redacção/Lusa

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