Paquistão: população unida na dor

D. Joseph Coutts, Bispo de Faisalabad, no Paquistão, considera que a morte de Benazir Bhutto juntou cristãos e muçulmanos na dor sentida, renovando esperanças para uma Igreja crescentemente ameaçada pela intolerância religiosa. «As pessoas sentiram a perda de Benazir Bhutto como uma tragédia pessoal, por ter sido tão brutalmente assassinada», assinala o Bispo de Faisalabad, que já esteve em Portugal a convite da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). O prelado falou de níveis de cooperação «sem precedentes» entre os fiéis das duas religiões, incluindo orações conjuntas em memória de Bhutto, na província oriental de Punjab. Os cristãos são uma minoria de 3% num país que é cada vez mais dominado por extremistas muçulmanos. Em declarações à AIS, D. Coutts sublinhou o profundo choque da população perante o assassinato da líder do Partido do Povo Paquistanês. Esta situação ajudou, contudo, a superar algumas tensões religiosas, esperando-se que as mesmas não recrudesçam durante o período de campanha eleitoral. As eleições legislativas no Paquistão, previstas inicialmente para 8 de Janeiro, foram adiadas para 18 de Fevereiro. Às diversas iniciativas conjuntas que têm acontecido desde 27 de Dezembro, dia da morte de Bhutto, junta-se um comunicado da Comissão Nacional Justiça e Paz do Paquistão, pedindo «calma e um melhor sistema de segurança». Estas preocupações estão no topo das prioridades da Igreja Católica no Paquistão, em especial depois de uma onda de ataques contra cristãos e seus edifícios, no ano passado. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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