Lisboa, 03 mar 2016 (Ecclesia) – Os cristãos paquistaneses desejam que Shahbaz Bhatti seja proclamado oficialmente como “mártir” pelo Vaticano agora que se assinala o quinto aniversário do seu assassinato, noticia a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Bhatti, o único ministro cristão na história do Paquistão, foi assassinado no dia 2 de março de 2011, na capital do país, Islamabad, por ter defendido publicamente a inocência de Asia Bibi, condenada à morte por blasfémia.
“Apesar de o atentado contra Bhatti ter ocorrido já há cinco anos, os seus responsáveis ainda não foram levados à justiça”, assinala a AIS.
A fundação católica cita Shamaun Alfred Gill, porta-voz da ‘All Pakistan Minority Alliance’, o partido político fundado por Bhatti, segundo o qual “o Vaticano está a rever a luta de Shahbaz pela igualdade de direitos e a recolher informações sobre o seu assassinato”.
Alfred Gill disse acreditar que Bhatti vai ser considerado em breve “como mártir pelo Vaticano”, por ter ousado levantar a sua voz em favor dos cristãos, dos oprimidos, das minorias e dos que não têm voz no seu país, o Paquistão.
Na quarta-feira, data em que se assinalou o assassinato de Shahbaz Bhatti, o Papa Francisco recebeu no Vaticano uma delegação da secção italiana da AIS que acompanhava D. Joseph Coutts, presidente da Conferência Episcopal do Paquistão e arcebispo de Karachi.
Em 2007, por ocasião dos 60 anos da Fundação, numa carta de felicitações enviada então aos responsáveis internacionais da Fundação AIS, o então cardeal Bergoglio definiu a “Ajuda à Igreja que Sofre” como sendo “um símbolo de comunhão e fraternidade com a Igreja sofredora”.
AIS/OC