Papa rezou pelos judeus

Primeiro momento público de oração acontece ao fim do dia, no Santuário da Imaculada Conceição de Washington Bento XVI foi ao Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington, local que dentro acolheu o primeiro momento público de oração da visita de Bento XVI aos EUA, iniciada esta Terça-feira e com conclusão marcada para o próximo Domingo. Durante a celebração de Vésperas, num encontro do Papa com os Bispos dos Estados Unidos da América, os presentes rezaram pelo povo judeu. Durante as intercessões, foi pedido que Deus “revele aos filhos de Israel o cumprimento da promessa feita aos seus antepassados”. A visita do Papa dedicará uma particular atenção ao diálogo com os judeus, incluindo dois momentos de encontro com representantes judaicos: Quinta-feira, no Centro Cultural Papa João Paulo II de Washington, e Sexta-feira, em Nova Iorque, durante uma visita particular à Sinagoga de Park East. Relações difíceis As relações entre o Vaticano e o mundo judaico foram abaladas pela polémica que rodeou a publicação da nova oração de Sexta-feira Santa pelos judeus, por parte de Bento XVI. O Papa modificou a oração contida no Missal Romano de 1962, cujo uso foi “liberalizado” com o Motu proprio Summorum Pontificum, em Julho de 2007. O Missal anterior ao Concílio Vaticano II, publicado no pontificado de João XIII, já não incluía a expressão “pérfidos judeus”, mas pedia a oração dos fiéis para que o Senhor retirasse dos seus corações “a cegueira” e a “obscuridão”, algo que agora também foi eliminado do texto. A nova formulação começa desta maneira: “Rezemos pelos judeus. Que Deus, Nosso Senhor, ilumine os seus corações para que reconheçam Jesus Cristo, Salvador de todos os homens”. Recentemente, o Cardeal Walter Kasper, presidente da Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, precisou que na oração se pede que os judeus reconheçam em Jesus “o salvador de todos os homens” e todo o povo de Israel “seja salvo”, não indicando esta formulação qualquer intenção proselitista da Igreja Católica. Este responsável explicou que estamos na presença de uma oração “pela realização do mistério da salvação” e não de um apelo dirigido à Igreja para que “cumpra uma acção missionária em relação aos judeus”. Isso não significa, contudo, que os católicos estejam impedidos de “testemunhar a riqueza e a beleza da sua fé em Cristo”. Na sequência de algumas reacções de desagrado do mundo judaico, a Secretaria de Estado do Vaticano publicou uma breve nota, esclarecendo que a oração “não significa, de maneira alguma, uma mudança na atitude da Igreja Católica perante os judeus”, especialmente a partir da doutrina do Concílio Vaticano II, que recusa “qualquer atitude de desprezo e discriminação aos judeus e repudia, com firmeza, todas as formas de anti-semitismo”. Programa Quinta-feira, 17 de Abril de 2008 9.00 Percurso automóvel: Nunciatura Apostólica – Nationals Stadium de Washington 10.00 Missa no Nationals Stadium de Washington. Homilia do Papa 12.15 Percurso automóvel: Nationals Stadium – Nunciatura Apostólica de Washington 16.40 Percurso automóvel: Nunciatura Apostólica – Universidade Católica Americana de Washington 17.00 Encontro com o mundo universitário católico na Sala de Conferências da Universidade Católica Americana de Washington. Discurso do Papa 18.15 Percurso em automóvel panorâmico: Universidade Católica Americana – Centro Cultural Papa João Paulo II de Washington 18.30 Encontro com os representantes de outras religiões no Centro Cultural Papa João Paulo II de Washington. Discurso do Papa. Encontro com representantes da Comunidade Judaica 19.30 Percurso automóvel: Centro Cultural Papa João Paulo II – Nunciatura Apostólica de Washington

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