Papa promete atenção ao ecumenismo no próximo Sínodo para o Médio Oriente

Bento XVI recebeu uma delegação do Patriarca de Constantinopla

Bento XVI prometeu hoje uma atenção particular ao tema da “cooperação ecuménica” no próximo Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, que terá lugar em Outubro, no Vaticano.

Segundo o Papa, “as dificuldades que os cristãos do Médio Oriente experimentam são, em larga medida, comum a todos: viver em minoria, pedindo uma autêntica liberdade religiosa e paz”.

Bento XVI falava à delegação do Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, que anualmente visita o Vaticano por ocasião da festa litúrgica de São Pedro e São Paulo (29 de Junho).

O Papa recordou que esta festa, celebrada por católicos e ortodoxos no mesmo dia, “é uma das mais antigas do calendário litúrgico, testemunhando um tempo em que as nossas comunidades viviam em plena comunhão”.

“Agradeço ao Senhor pelas relações entre nós serem caracterizadas por sentimentos de confiança mútua, estima e fraternidade, como é amplamente testemunhado pelos vários encontros que já tiveram lugar no decorrer deste ano”, disse Bento XVI à delegação do Patriarcado de Constantinopla.

Para o Papa, há razões para “esperar que o diálogo católico-ortodoxo possa continuar a fazer progressos significativos”.

A delegação do Patriarcado de Constantinopla é encabeçada pelo Metropolita ortodoxo Genádio também co-secretário da comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.

Dirigindo-se directamente ao metropolita Genádio, o Papa afirmou que a comissão mista “se encontra num ponto crucial, depois de ter começado a discutir, no último mês de Outubro, em Paphos, sobre o papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja no primeiro milénio”.

Bento XVI desejou que os membros da comissão “continuem por este caminho durante a próxima reunião plenária que se realizará em Viena, e dediquem o tempo necessário para o estudo profundo deste assunto tão delicado e importante”.

“Para mim, é um sinal de alento que o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e o Santo Sínodo de Constantinopla partilhem a nossa firme convicção da importância deste diálogo”, afirmou.

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