Papa pede que economia respeite necessidades e direitos dos mais fracos

«Modelo económico deve ser orientado para o bem-comum»

Bento XVI afirmou que a crise económica e financeira mostra "claramente como devem ser repensados certos paradigmas que foram dominantes nos últimos anos". Uma situação que afectou "países industrializados, os emergentes e aqueles em via de desenvolvimento", sublinhou.

O Papa falava aos cerca de 300 membros da Fundação «Centesimus Annus Pro Pontifice», que estiveram reunidos num Simpósio Internacional que procurou reflectir sobre novo modelo de desenvolvimento "mais atento às exigências da solidariedade e mais respeitoso da dignidade humana".

Bento XVI referiu que o simpósio tem "um grande significado e um valor particular à luz da situação que vive neste momento toda a humanidade".

Segundo o Papa, a liberdade no sector da economia deve enquadrar-se "num sólido contexto jurídico que a coloque ao serviço da liberdade humana integral", uma liberdade responsável "cujo centro é ético e religioso", frisou.

O simpósio analisou as interdependências entre instituições, sociedade e mercado, partindo da encíclica de João Paulo II Centesimus annus, publicada por ocasião dos 100 anos da Rerum Novarum, de Leão XIII, onde consta uma reflexão sobre a economia de mercado, entendida como "sistema económico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade para os meios de produção, da livre criatividade humana no sector da economia", reconhecido como "caminho de progresso económico e civil se orientado ao bem comum".

Bento XVI partilhou o desejo de que "as pesquisas desenvolvidas pelos membros da fundação" possam elaborar uma visão da economia moderna que "respeite as necessidades e direitos dos mais fracos".

Redacção/Rádio Vaticano

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