250 refugiados mortos e desaparecidos depois de naufrágio em águas italianas
Cidade do Vaticano, 07 abr 2011 (Ecclesia) – Bento XVI está a seguir com “preocupação” a operação de resgate e busca dos 250 migrantes que naufragaram a cerca de 70 quilómetros a sudoeste da ilha de Lampedusa, na Itália, revelou hoje o Vaticano.
O diretor da sala de imprensa da Santa Sé comentou o acontecimento da noite de terça-feira, que deixou 250 refugiados mortos e desaparecidos, tendo as autoridades resgatado 53 pessoas com vida.
“A tragédia da morte, no mar, de um grande número de migrantes que procuravam chegar à Europa, vindos das costas da África setentrional, chocou profundamente o Santo Padre, que segue com atenção e preocupação os acontecimentos deste período dramático”, disse Federico Lombardi à Rádio Vaticano.
O Papa “lembra todas as vítimas de todas as nacionalidades e condições, incluindo mulheres e crianças, que perdem a vida na terrível viagem para fugir a situações de pobreza, de injustiça ou de violência”, acrescentou.
Lombardi recordou, em particular, emigrantes eritreus, católicos, que vinham da Líbia.
Já o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, arcebispo Antonio Maria Vegliò, manifestou “profunda tristeza pelo trágico naufrágio”, falando numa “encruzilhada de desespero”.
Este responsável, entrevistado pela emissora do Vaticano, lamenta que os países europeus tenham “fechado as fronteiras”, com “normas restritivas” que levam muitas pessoas a optar por um percurso marítimo como “alternativa extrema, na impossibilidade de utilizar outros meios”.
Uma embarcação de 13 metros de comprimento, que partiu da Líbia, estava a cerca de 70 quilómetros a sudoeste de Lampedusa quando naufragou, na terça-feira.
A Organização Internacional para as Migrações estimou que “cerca de 300 pessoas” estavam a bordo, citando refugiados socorridos, fazendo com que o balanço do acidente seja de cerca de 250 mortos ou desaparecidos.
OC