Bento XVI nomeou o Cardeal Godfried Danneels como seu enviado especial às celebrações do 75º aniversário das aparições da «Vierge des Pauvres» (Virgem dos Pobres) no santuário de Banneux, Bélgica. A designação pontifícia foi dada a conhecer no passado Sábado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Numa carta escrita em latim, datada de 27 de Março, o Papa indica que a acompanhar o Cardeal Danneels às celebrações de 31 de Maio, estarão ainda sacerdotes Karl Gatzweiler e Joseph Bodeson, membros do capítulo da catedral de Liège. Na missiva, Bento XVI pede ao Cardeal Danneels que transmita as suas saudações aos prelados e fiéis na celebração mariana, assegurando a sua oração pelo aniversário. O pequeno povoado belga tinha cerca de 300 habitantes quando, em 15 de Janeiro de 1933, a Virgem Maria apareceu a Mariette Beco, de 11 anos, pela primeira vez. A esta, seguiram-se mais sete aparições. Nossa Senhora manifestou-se como Nossa Senhora dos Pobres e mostrou à pequena vidente uma fonte “para todas as nações… para os enfermos”, além de pedir orações e a construção de uma capela no lugar. “Orai muito” foi a última recomendação mariana. O reconhecimento eclesiástico dessas aparições aconteceu em 22 de Agosto de 1949, através de uma carta de D. Louis-Joseph Kerkhofs, então bispo de Liège, circunscrição à qual Banneux pertence. As 8 aparições são interpretadas, segundo aponta a emissora pontifícia, como um “convite a contemplar Maria como a serva do Senhor, que vem suscitar a fé e a oração, que conduz a Jesus, Fonte da graça que dá água viva a todas as nações e em particular aos enfermos do corpo ou do espírito, para que encontrem e vivam seus sofrimentos com Jesus, ao lado de sua Mãe”. A manifestação mariana a uma menina, numa pequena aldeia de mineiros, mostra desta forma a particular proximidade de Nossa Senhora aos pobres, aos simples e aos puros de coração. Numa carta aos fiéis por ocasião deste 75º aniversário, o bispo de Liège, D. Aloysius Jousten, insistia que “a Mãe de Jesus remete sempre a seu Filho. Ele é a fonte da verdadeira vida, da vida plena”. “Que cada um de nós, que seja pobre ou que tenha um coração pobre, se sinta acolhido e amado por Deus. Nossa Senhora dos Pobres nos segura pela mão e conduz-nos à fonte, ao seu Filho”. Seguindo o prelado, o convite de Nossa Senhora é para que sejamos “uns para os outros guias para a fonte da verdadeira vida, da verdadeira felicidade”. Com Zenit