Papa em África: viagem pode ajudar na luta contra a malária

O enviado especial das Nações Unidas para a luta contra a malária, Raymond G. Chambers, considera que a viagem de Bento XVI a África pode ser uma oportunidade para destacar a importância de erradicar a doença neste continente. Em artigo escrito para o jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, Chambers recorda que 90% dos 350 milhões de casos anuais de malária se verificam em África, o que “envolve o continente num círculo vicioso de pobreza”, obrigando a gastar 30 mil milhões de dólares que poderiam ser investidos em programas de desenvolvimento económico. A visita de Bento XVI acontece “num momento importantíssimo” na história desta doença, com maior compromisso internacional para o controlo da malária e a intenção de chegar a um número de mortes próximo do zero, até 2015, evitando “tanto sofrimento inútil”. Hoje, 40% da população africana das nações endémicas tem acesso a redes mosquiteiras, um “essencial instrumento salva-vidas”, um aumento significativo em relação a 2005, quando esse valor era de 10%. “A atenção de Bento XVI pela África oferece a todos os responsáveis religiosos a oportunidade de pensar como tornar consciente quem escuta as suas palavras do valor salva-vidas das redes mosquiteiras e de exortar os que vivem nas áreas endémicas a dormir debaixo dessas redes, todas as noites”. A ONU traçou o objectivo de oferecer instrumentos de controlo da doença até finais de 2010. Para Chambers, isso significa que “a humanidade deve ampliar os seus esforços nos próximos 22 meses, caso contrário mais pessoas morrerão”. A malária, escreve o enviado especial das Nações Unidas, “custa a vida a um milhão de pessoas, todos os anos, especialmente a crianças”.

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