Papa deixa apelos à paz

Na memória da bomba atómica de Hiroshima, Bento XVI enviou mensagem em que defende a «razão da paz e irracionalidade da violência» Bento XVI uniu-se a um encontro religioso pela paz, no Japão, em memória do bombardeamento atómico sobre Hiroshima, a 6 de Agosto de 1945. Numa mensagem por ocasião do 20° aniversário do I Encontro de Oração dos Líderes Religiosos no Monte Hiei, o Papa Bent recorda que “a paz é um dom de Deus e uma obrigação de cada indivíduo”. Escrevendo que “a razão da paz supera a irracionalidade da violência”, Bento XVI indica que ” o pranto do mundo pela paz, protagonizado pelas famílias e comunidades no mundo inteiro, é ao mesmo tempo uma oração a Deus e um apelo a cada irmão e irmã de nossa família humana”. A mensagem é dirigida ao líder do budismo Tendai, Kahjun Handa, por ocasião do encontro que aconteceu este fim-de-semana, na memória de Hiroshima. Os budistas japoneses desta corrente querem assim “manter vivo o espírito da Jornada de Oração pela Paz”, convocada em Assis por João Paulo II a 27 de Outubro de 1986. Entre líderes religiosos reunidos no Monte Hiei encontravam-se o Cardeal Paul Poupard e D. Félix Machado, presidente e subsecretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso. “Que as vossas orações e cooperação sejam preenchidas com a paz de Deus e fortaleçam a vossa resolução de dar testemunho da razão da paz”, concluía a missiva do Papa. Neste dia 6 de Agosto, no Parque da Paz de Hiroshima, mais de 45 mil pessoas, entre sobreviventes, residentes, visitantes e autoridades de todo o Mundo cumpriram um minuto de silêncio em honra das vítimas. “O Japão seguiu o caminho da paz nos 62 anos que decorreram desde a II Guerra Mundial. As tragédias de Hiroshima e Nagasaki não devem repetir-se nunca, em nenhum lugar da terra”, disse Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês.

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